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domingo, 13 de julho de 2008

A AGONIA DO FUMANTE


A AGONIA DO FUMANTE - Prof. Alves 12/05/2007
Nada mais angustiante que a agonia do fumante quando quer se livrar do vício.
Entretanto essa agonia começa junto com o vício, quando os pais dizem “não, não pode ser”.
E o indivíduo os desafia achando que está fazendo a coisa mais certa, que enfim está se libertando. Sem saber de quê!
Não sabe o ainda projeto de imbecil que está armando os grilhões de que será eterno escravo.
Com a evolução do mal hábito, vêm os constrangimentos a que se exporá o adolescente, como não ter dinheiro para alimentar o “luxo”, pequenos furtos ao bolso do pai, as descobertas desse ato, tudo isso aliado à debilitação física da idade adulta iminente.
Aí vem o pior: a vontade de se livrar do cigarro.
O que fazer?
A resolução é peremptória: não quero mais, pronto!
Acompanhada dessa decisão vem a empolgação, a euforia, a satisfação, a alegria de encontrar a porta de saída da prisão.
propaga-se a decisão então aos quatro ventos e partilha-se essa vontade com os entes mais próximos.
Mas o tinhoso é capcioso, astuto e espera o momento certo para reagir.
Acabada aquela Euforia inicial, lá vem ele se insinuando de fininho, fazendo-se vítima. Não, ele não foi culpado por nada, pelo contrário, só queria ajudar, era o único companheiro e foi jogado fora.
Suas intenções são manifestas de várias formas:
Pra que me largar se precisamos um do outro, não é feio fumar.
“Desconfia dos que não fumam, eles não têm sentimento”
Aos poucos o coitado fumante começa a ver graça em estar com o dito entre os dedos e se esquece dos motivos que o levaram a buscar a liberdade.
Não vê prisão, as grades viraram fumaça, Cego novamente encontra-se com seu “amigo”, às escondidas, só um trago de vez em quando.
até que alguém o flagra sorvendo alegre a fumaça embotadora de sua mente.
passada a vergonha inicial ele volta à antiga prisão. Sem pejo de desfilar com seu destruidor e só vai se dar conta da besteira que fez quando os motivos que o levaram a buscar a liberdade estiverem-no atormentando novamente.
E a angústia parece sua única aliada, companheira.
Essa angústia, esse sofrimento vai-se repetir até o dia em que finalmente o tabaco cumprir sua missão: a ruína total daquele que não teve força o tsuficiente para se livrar dele.
***
a mesma angústia que acomete ao fumante, ocorre àqueles que de certa forma possuem grilhões dos quais não conseguem se livrar.
qual é a sua prisão, a sua angústia?
livre-se dele o mais urgente, antes que a ruína seja a única visão que se deslumbrará no caminho já embotado.

(Professor alves)

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