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segunda-feira, 27 de junho de 2011

EGOÍSMO


Eu estava caminhando pela praia quando ouvi o seguinte diálogo entre pai e filho:
─ Oh, pai, que graça tem ficar sentado? Se num é pra tomar banho, melhor ficar em casa.
─ Não, filho, você não pode ver o mundo a partir de você. Existem muitas formas de se aproveitar um dia de sol na praia...
Não precisa dizer que o filho deveria ter uns oito anos, idade em que se começa a pensar que sabe tudo, que pode tudo. Como diria meu pai, idade em que o pescoço está engrossando.
Afastei-me e fui caminhando pela praia, com a água molhando meus pé e a areia açoitando de leve minhas pernas. Meus pensamentos não conseguiam sair daquele diálogo. E eu me indagava: “como somos egoístas, quando pensamos que tudo tem de ser do jeito que queremos, como somos pobres quando achamos que a única forma de viver é a nossa”. Fiquei imaginando em quantas formas de se divertir na praia há. Admirar a grandeza do mar é uma delas. Tomar banho o dia todo, como queria o garoto, é, outra.
Mas assim são as pessoas e por isso precisamos mudar. As pessoas que bebem acham que só existe graça no seu modo de vida. Onde estão acham que deve haver bebida, têm absoluta certeza de que as pessoas que não bebem são infelizes, não conseguem se divertir por não beberem. “Como pode um aniversário sem bebida, uma partidinha de biriba, um jantar fora!” Acabam assim sendo intransigentes chegando a chamar de careta àquelas pessoas que não bebem. Quem fuma acha sempre que seus momentos só estão completos se acenderem um cigarro. Assim fumam ao sair de casa e ao descer do carro ou do ônibus; antes, durante e depois de uma reunião ou do sexo, do banho e por aí vão, impregnando o mundo com o mau cheiro e com sua arrogância.

Precisamos assim criar um mundo em que as liberdades individuais sejam realmente respeitadas. Como diria meu pai, cada qual com seu cada qual, ou como diz a música, “ado, ado, cada qual no seu quadrado”.
Mas é preciso sermos intransigentes quando o momento pedir. Não podemos aceitar, por exemplo, o uso de drogas, a indiferença, a discriminação, o preconceito, o desamor.
(Professor Alves)

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