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quinta-feira, 7 de abril de 2011

RACISMO, HOMOFOBIA E MUITA FRESCURA

beleza, virtudes não têm cor


Nunca entendi bem essa ideia de racismo e/ou homofobia que se tem instituído de uns anos para cá. Qualquer coisa é "Ah, fui agredido porque sou negro, ou porque sou gay". Não sou jurista, advogado ou coisa que o valha, portanto não estou aqui embasado na lei 7716/89 que versa a respeito do crime de racismo. Muito menos preocupado com as discussões juristas sobre o caso, que são tantas que não levam a nada. Se discussões juristas resolvessem algo, o Brasil já seria um país desenvolvido, pois todos os corruptos estariam presos, todos aqueles que burlam a democracia já estariam encarcerados e o cidadão feliz por ter seus direitos cumpridos.
No dia 13 de abril de 2005 o jogador GRAFITE, QUE TINHA COLEGAS BRANCOS NO SEU TIME TIME E QUE O AMAVAM, foi chamado de “negro de merda” por um ADVERSÁRIO ENRAIVECIDO, QUE, possivelmente, TINHA COLEGAS NEGROS AMADOS POR ELE. Há mais ou menos 12 anos, eu ministrava aula de Literatura Brasileira numa sala de aula de cursinho, que tinha aproximadamente 150 alunos, quando dei por falta de um aluno, um dos melhores, sempre participativo, e perguntei por ele. Como não sabia o nome do rapaz, diante da insistência “qual , professor?”, respondi “um negro que senta-se próximo à janela.” um Aluno argumentou “ah professor, isso é racismo”. Não dei atenção ao comentário, pois sabia que não era essa a intenção. No caso Grafite Criou-se muita polêmica em torno. Edilson, também negro mas menos abestado, para usar um termo nosso, disse: "Isso é coisa de bamby". É mais ou menos por aí. Ninguém pode olhar de cara feia para outro que ele/ela corre: "Ah, vou processar". Isso já é sacanagem. A imprensa faz o que quer, se arvora o direito de perguntar as besteiras que bem entende e quando ouve uma resposta do tipo da resposta dada por Jair Bolsonaro, quer crucificar o cara. Pô, brincadeira. Racismo ocorre no Brasil mas se manifesta de outra forma, em subemprego, miséria, falta de Educação, saúde. Homofobia se manifesta quando se destrata moralmente e fisicamente. Isso deve ser combatido. Além do mais, em documento elaborado pelo Ministério do Trabalho racismo é definido como “a ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos, que no caso em tela pode ser traduzida na pretensão da existência de uma certa hierarquia entre negros e brancos. Segundo Ferreira [2], o racismo é a doutrina que sustenta a superioridade de certas raças, podendo representar ainda o preconceito ou discriminação em relação à indivíduos considerados de outras raças.” (http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1991/Discriminacao-social-racial-e-de-genero-no-Brasil ) A meu ver pouquíssimos caso no Brasil se enquadram nessa categoria. O caso mais grave de racismo no Brasil com certeza é perpetrado pelo poder público que não não cria escolas de qualidade para a população mais pobre, que é (coincidência?) de pele mais escura.
Isso é deturpação de valores

Não podemos fomentar o crescimento do país com questões mínimas. Precisamos sim fazer com quem as pessoas se amem, respeitem-se, mas não se pode querer isso enquanto valores como o Amor, a Dignidade, a Solidariedade, a Compaixão são jogados no lixo pela Rede Globo e por propagandistas de cervejarias, cujos dogmas são agora “um por todos e todos por uma”, ou pela GVT, que coloca bem claro, que só é gente quem usa seus serviços. Ficam então um monte de besta falando em racismo, homofobia só porque é moda. Deixemos, pois de frescura!   

terça-feira, 22 de março de 2011

Amor

http://1.bp.blogspot.com/_IzHWeR2Yn1o/SJxBAW9Z4

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Participe da vida ensinando e aprendendo com humildade;
Olhe o mundo com benevolência;
Não se faça de surdo aos pedintes do caminho;
Defenda os oprimidos, use a palavra;
Não deixe secar a afeição – o coração é vivo quando ama;
As mãos são instrumentos de socorro que não podem parar;
Os pés devem percorrer os caminhos da vida, do sacrifício, sustentando a missão evolutiva;
Não devemos esquecer que a vontade sedimentada na fraternidade é força universal.

(http://www.serespirita.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=210:amor&catid=5:leocadio&Ite)

LEOCÁDIO JOSÉ CORREIA
Mensagem psicografada pelo médium
Maury Rodrigues da Cruz
Extraída da obra:
“NO CENÁRIO DA VIDA”

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Momentos de Magia



MOMENTOS DE MAGIA


A porta se abriu 

Você entrou 
Olhei-te nos olhos 
Você me olhou Um sorriso se fez 
Um sonho Você aqui outra vez 
Um abraço apertado
Sussurros de saudades 
Beijos apaixonados 
Trocamos ali 
Caminhamos abraçadinhos 
Carícias mil surgiam  
Pelo caminho
Em meu quarto Você se calou
Meu corpo contornou 
Vagarosamente me despiu 
Pra si me atraiu 
Centímetro a centímetro me beijou 
Seu corpo ao meu entregou 
E por horas lindas Fizemos amor.





(Clau, poetisa gaúcha) maio/2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

TEMPODE AMAR


TEMPO DE AMAR
“Se a natureza me oferecesse duas coisas e dissesse:
Que era para eu escolher
Eu não me importaria com a segunda se a primeira fosse você”

“Se você me vir calada
Não me pergunte o porquê
Não penso em nada na vida
A não ser em você.”
             (frases escritas pelas alunas do 1° ano da EEFM Gonzaga Mota, em Fortaleza)



          O homem e a mulher necessariamente nascem do amor e vivem para ele. O jovem e a jovem, como estão se preparando para a procriação, para a reprodução, para o casamento, convergem para esse sentimento universal toda sua expectativa de vida. É nele que residem as esperanças, é por ele que o menino e a menina vão ao colégio, à praia ao shopping, à igreja. Eles e elas estão sempre à procura de sua cara metade, de sua alma gêmea. Em seus semblantes transborda a necessidade da felicidade a dois.
         

          Entretanto há um perigo!!!

          Por que será que há tantos adultos infelizes com seus companheiros e companheiras?
Por que também há tantos jovens casados e casadas precocemente e que muitas vezes acham que suas vidas acabaram ali?   
          A resposta é bem simples. A ansiedade. Cuidado com a ansiedade. Na ânsia de se resolverem afetivamente buscam pares quaisquer. Para mostrar aos colegas: “vejam, eu tenho um namorado/uma namorada”.
          Todos nós nascemos para o amor e, como alguém me disse há muito tempo: “existe sempre alguém para alguém”. Mas esse alguém precisa acontecer, precisa  ser-nos apresentado. Mas por quem? Pelo tempo, pelo momento. Vejamos o texto abaixo de um autor desconhecido, pelo menos para mim, e reflitamos acerca desse grande mestre, que é o tempo:

O TEMPO CERTO

          De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas.
          Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente.
          Temos pressa em tudo! Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.
          Mas alguém pode perguntar:
           Mas qual é esse tempo certo?
          Bom basta observar os sinais. Geralmente quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais indicando o caminho certo.
          Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer.
          Mas com certeza o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação e da pessoa certa!
          Basta você acreditar que nada acontece por acaso!
          E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas.
          Tente observar melhor o que está à sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda.
          Lembre-se de que o universo sempre conspira a seu favor, quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.

          Caetano Veloso diz em uma de suas composições:

“É INCRÍVEL A FORÇA QUE AS COISAS PARECEM TER QUANDO PRECISAM ACONTECER!”



          Pronto eis a resposta pela qual você esperava. Quando as coisas vão acontecer ela nos enviam sinais. No amor também é assim. Devemos, portanto esperar que as pessoas nos sejam apresentadas pelo momento. Os jovem e as jovens, como são mais impacientes que o restante da humanidade, precisam refletir mais que o restante da humanidade. Precisam se divertir, sem essa ansiedade de encontrar alguém, precisam, principalmente, se permitirem conhecer pessoas de diversos matizes e esperar o sinal. Quando isso acontecer, jovens,

SEJAM FELIZES!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

TODO DIA É DIA DOS NAMORADOS





ORAÇÃO DOS NAMORADOS

ELE:
Oh! Deus, permiti, pois, que esta que está
Ao meu lado permaneça sempre aqui,
Que seu sorriso me dê o que me dá:
Segurança e denodo pra seguir.

E quando em breve estivermos unidos,
Assim pelas leis dos homens casados,
Então pelas leis divinas ungidos,
Nossos corpos, fortemente, atados,

Eu terei tempo de mudar o mundo,
Pois saberei de sua eterna amizade
E contarei com seu amor oriundo
De uma relação feita de verdade.

E assim, num futuro não tão distante,
Contaremos às novas gerações
O quanto foi bom vivermos amantes
E termos unidos os dois corações.


ELA:
Oh! Deus, fazei que este moço que está
Ao meu lado, de minha alma amado,
Continue, como agora, a me amar,
Sereno, amigo e sempre denodado.

E um dia quando estivermos casados,
Eu, amparada no seu lindo braço,
Seus firmes passos pelos meus guiados,
Nós dois unidos sem nenhum embaraço,

Eu terei força pra enfrentar a vida,
Pois saberei de sua grande amizade
E poderei, por seu riso impelida,
Vencer na vida sem temeridade.

E quando a velhice chegar, sem dor,
Diremos a todos, de boa vontade,
Como foi lindo e vero o nosso amor
E quão grande nossa felicidade.

OS DOIS:
Amém!



DECRETO PROIBITIVO

Está decretado a partir deste dia
A proibição a qualquer tipo de doença
Enquanto se estiver amando,
Para o bem do amor e da alegria..

Indisposição, nem pensar, jamais,
Pois deixa os beijos e os abraços lassos,
Tosse só se for acesso de desejo,
Para que se dê, no outro, muitos amassos.

Conjuntivite, aí é de morrer!
Como se vai o ser amado mirar?!
Dengue! Pior. Essa é que não,
Queremos dengo e gestos de amar.

Pneumonia é ruim demais.
Imagine não poder suspirar.
Enxaqueca, ai, eu não quero dormir!
A não ser são, para com ela sonhar.

Sai asma, bronquite, rouquidão,
Sífilis, tuberculose, gastrite,
Mal-do-século, malária,
Hipertensão, coqueluche, faringite.

Vêm com tudo disposição e bem-estar.
Quando se ama se precisa de saúde,
Fortuna, sorte e felicidade,
Amor o dia inteiro, constante, amiúde...


SONETO DO BEIJO
(Porque beijar é bom demais)

Por que fechamos os olhos ao beijar?
Grande mistério para os que não amam
Mas está claro aos que se apaixonam:
Quem ama só o ente amado quer mirar.

Quando os lábios começam a se tocar,
As pálpebras lentamente se apagam,
Os corações rapidamente acalmam,
É a magia do amor a se manifestar.

Os sinos tocam, do alto caem lírios,
O resto são flores, sonhos, delírios
O balé das mãos que se tocam no ar...

Logo a respiração fica ofegante,
Inicia-se a revolução pujante,
Inicia-se por fim o ato de amar!!!



DESTINO

Homem e mulher, a que se destinam
Para o entrelaçamento amoroso,
Para o riso farto depois do gozo,
A união cheirando à fresca resina.

Antes no varandim, as mãos unidas,
A lua fitando mesmo sem vê-la,
Ou no barzinho, ouvindo estrela,
Só este pensamento une duas vidas.

Na favela, caatinga ou mansão,
Sem pejo, enigma nem mistério,
Homem e mulher, lúbricos, se olham.

O amor, o sexo movem uma nação.
Que digo! Galáxias inteiras se amam!
E nisso não há nenhum despautério.


SONETO ANTICIÚME

“O ciúme é a véspera do fracasso
E o fracasso provoca o desamor.”
(Alceu Valença)

Quem bem ao seu amado quiser
Das garras do ciúme fugirá.
É um sentimento demoníaco!
E só em torpes corações é que está.

Quantas vidas p’rele foram ceifadas...
E dizem com lágrimas a rolar:
─ Foi por amor, meu Cristo, que eu matei.
Punidos, os pecados vão purgar.

Uns dizem sem as palavras medir:
─ O ciúme é que é o tempero do Amor.
Que burrice! Se ele só traz a dor!

Por isso, amantes que estes versos lêem,
Desfaçam-se rápido desse inferno,
E vivam um grande amor, sincero, eterno.



SONETO DA RELAÇÃO
(Baseado na crônica de Rubens Alves)

A questão é mera e não requer cola:
Seu enlace é tênis ou frescobol?
Não pode ser do tipo futebol,
Porque envolve dois seres e uma bola.

Se tênis, meus pêsames, é mortal!
Se frescobol, parabéns, é brinquedo.
Se tênis, nele reina ódio e segredo!
Se frescobol, parceria total.

Pois se joga tênis pra derrotar.
Seu erro é a alegria do companheiro,
Já que a ação preferida é cortar.

Frescobol é jogo de cooperar.
Aqui, dialoga-se o tempo inteiro,
Logo, felicidade é acertar.


DIÁLOGO DA VIDA INTEIRA

A existência inteira é um diálogo!
Neste, entre seres, por demais franco,
Há um jovem afogueado a discutir
Com um velho já de cabelo branco.

O jovem, elétrico, agita os braços.
Assim, não pára um minuto sentado.
O velho, a cismar, com um sorriso brando,
Fita o chão, antes, por ele riscado.

O jovem, rebelde, é uma fogueira,
De chama, sensação e atitude.
O ancião, observando, logo pensa:
“Assim já fui, na minha juventude”

O jovem diz, entre riso nervoso:
─ Para mim, tudo tem que ser agora!
O velho ouve para depois falar:
─ O abraço o beijo, tudo tem sua hora.

Para o jovem, o gozo dessa vida
Precisa rápido se realizar.
O ancião, fitando a teia do tempo,
Diz: ─ Até isso, filho, pode esperar.

Os dois, cansados dessa brigaria,
Abraçam-se, e para casa se vão,
Porque a casa deles dois é a mesma,
É um prédio chamado coração

Amor é o nome do sábio, paciente,
quieto e tranqüilo ancião.
O outro, que atiça os sentimentos,
Atende por este nome: Paixão.


AMOR E POESIA

Fazer versos é como fazer amor.

Em atos ambos, a pressa tem que ser desprezada,
O cuidado, inexoravelmente, enaltecido.

O ser amado como o papel cuidadosamente
Sonhado
Festejado
Mirado.

Ela te dá o prazer do gozo dia após dia
Ele a alegria de não te repetires.

Cada palavra é um beijo,
Cada verso uma carícia,
E paulatinamente o poema se vai construindo,
E calmamente os corpos se constringindo.
Até o momento máximo da poesia realizada (o poema),
Até o sublime êxtase do líquido jorrado (e recebido).

Examina teu poema...
Contempla tua amada...
E,
Sem te preocupares com a resposta de Pessoa,
Pergunta-te se vale a pena amar qualquer uma,
Indaga-te se o poema não tem hora.

Fazer verso é como fazer amor.



TEXTÍCULOS


DIAS DOS NAMORADOS

Quando o sol do dia doze brilhar,
Ah! Meu amor, para você, beijos mil
À tarde, abraços loucos vão te apertar,
À noite, cala-te boca, é segredo, Psiu!.


FADO

Vi teu nome
No pára-brisa do tempo
E descobri
Que o nosso destino
Veio com o vento
Nas asas da criação.


QUARTO CRESCENTE

Vi-te um dia
Não sei por quê
Veio-me a alegria
Travestida de você!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

DÊ UMA CHANCE A PAZ


IMPOSSÍVEL SONHAR
Professor Alves

“Minha mão não tem mais palma!
Dói em reverência! Violência calma!”

Hoje queria escrever um texto no qual fizesse transbordar minha admiração infinda pela humanidade, que levasse aos olhos do leitor lágrimas de felicidade e lhe desse uma vontade enorme de sair às ruas e cumprimentar seus semelhantes. Queria contar uma história, pequena que fosse, mas que narrasse uma atitude digna de uma espécie a qual se orgulha de ser racional, e que servisse de exemplo para toda humanidade, principalmente à que se diz cristã.

Não, hoje eu não queria falar em políticos e seu cinismo indecente, diante da população rota, transida pela falta de tudo que lhes dê uma condição minimamente humana. Hoje eu queria dormir tranqüilo, ter sonhos bons que elevassem meu astral para o dia seguinte.

Queria falar sobre o sorriso das crianças; do amor, verdadeiro, dos anciãos; da ingenuidade dos namorados; da puerícia das cartas de amor; do infinito mistério do beija-flor e da impossibilidade do besouro.

Mas não é possível, depois do que eu presenciei. Uma cena indigna da inteligência humana. Foi um sonho dantesco, porém indigno da Divina Comédia Humana. Numa avenida, há tão pouco tempo calma, porém, já hoje, tumultuada pelo ir e vir dos carros, ironicamente, próximo a uma escola. Após uma pequena colisão, dessas que se vêem a todo instante numa cidade que cresce, sem nenhuma estrutura para dar alicerce a esse crescimento. O proprietário do veículo colidido, de arma em punho humilhava o outro, o vilão daquele sinistro. Enquanto vociferava, ordenando que o outro entrasse no seu veículo e fosse embora, mudava o revólver de mão. Naquele momento, como os cabelos de Sansão, a arma empunhada lhe dava poder, e ele crescia perante o outro, que, humilhado, constrangido, diminuía, apequenava-se diante da superioridade da arma. Não sei quem era maior, se o revólver ou o homem que se escondia por trás dela. Não sei quem era menor, se o homem humilhado ou a sua dignidade. Súbito percebi que a humilhação não era privilégio dele, ela era coletiva Todos que por ali passavam, fechados nos seus escudos de aço, sentiam-se abatidos por aquele homem poderoso e sua arma. Em câmara lenta, (Essa era a velocidade do momento, uma vez que a cena tornava-se infinita como num filme de John Woo), o homem com a moral destroçada entrava em seu carro.

Não vi o desfecho da cena. Não precisava. O desfecho foi a morte do homem, suposto responsável pela colisão. Impossível alguém sair vivo, pelo menos moralmente, depois de passar por aquilo. Infelizmente hoje à noite terei pesadelos.

(Fortaleza, 29/04/08)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

AMOR E POESIA

AMOR E POESIA



Fazer versos é como fazer amor.

Em atos ambos, a pressa tem que ser desprezada,
O cuidado, inexoravelmente, enaltecido.

O ser amado como o papel cuidadosamente
Sonhado
Festejado
Mirado.

Ela te dá o prazer do gozo dia após dia
Ele a alegria de não te repetires.

Cada palavra é um beijo,
Cada verso uma carícia,
E paulatinamente o poema se vai construindo,
E calmamente os corpos se constringindo.
Até o momento máximo da poesia realizada (o poema),
Até o sublime êxtase do líquido jorrado (e recebido).

Examina teu poema...
Contempla tua amada...
E,
Sem te preocupares com a resposta de Pessoa,
Pergunta-te se vale a pena amar qualquer uma,
Indaga-te se o poema não tem hora.

Fazer verso é como fazer amor.
Alves ( 11/03 /2003)

sábado, 21 de junho de 2008

AMOR, UMA QUESTÃO DE DOAÇÃO

AMOR, UMA QUESTÃO DE DOAÇÃO
(Professor Alves)
“Ah! que delicioso é dar!Ser generoso que bela tentação!Uma boa palavra brota suavementecomo um suspiro de felicidade!”
(Brecht)
O amor é sem dúvidas o que há de mais interessantes quando se pensa em sentimento. Deve ser concebido assim quando espontâneo, mas não o é quando se quer sentir. Porque se eu resolvo sentir Amor ou preciso que sintam Amor por mim, então o Amor deixa de ser sentimento e passa a ser querer. Não querer no sentido de escolha, mas no sentido de ser capricho. É impossível simplesmente se dizer: “Me ama, vai, estou esperando. Eu te amo então tens de me amar também.”
Essa intimação é mais corriqueira, por incrível que pareça, do que se possa pensar. Quantas pessoas nesse momento (talvez na cabeça do leitor esteja latente essa idéia) estão planejando algo para se fazer amar. Tipo “Se não me amares, eu te mato” ou “Se não me amares, eu me mato”. E o pior é que tanto uma como outra estão sendo executadas. Quem não ama, e quem quer ser amado/a.
E assim o Amor segue, moeda de troca, pois é preciso ser amado para amar. Ou o eterno vilão da humanidade. Vidas são destruídas a todos instante por Amor. É o alcoólatra, que carrega sua cabeça inchada, sua mente embotada por memórias das quais nem mais se lembra; é o esfarrapado que, sem mendigar, conduz pelas ruas a amargura de sua miséria da falta de amor próprio; é o suicida mal-sucedido, cujos pulsos abertos em sulcos profundos lembram-no a todo instante do que já não pode esquecer; é o presidiário, que, no cumprimento de sua pena, perambula pelos corredores estreitos de seu passado, vigiado de perto pelo sangue fétido, jorrado do amor que nunca teve.
É preciso entender que o amor, antes de ser sentimento, é doação. Faz-se mister que entendamos ser mais feliz, do que quem recebe, quem dá, quem empresta, quem doa algo, sem pensar na recompensa que virá depois. Porque talvez ela não venha pelas mãos daquele a quem se doou. A vida é uma corrente do bem, se fizermos o bem, ou uma corrente do mal, se praticarmos o mal. É preciso que amemos “as pessoas como se não houvesse amanhã”, para que as pessoas nos amem com a mesma intensidade, mas sem que nos preocupemos com esse retorno. Livre, espontâneo. Como uma borboleta, que não escolhe onde pousar, pousa porque precisa, chegou a hora, não para deixar outro pouso enciumado, assim são as pessoas. Amam porque precisam amar, chegou o momento de amar. E cabe a qualquer um agradecer a pessoa amada por existir e se permitir ser amada. É o mínimo que de fato podemos fazer

PARA SERMOS FELIZES!

terça-feira, 17 de junho de 2008

TEMPO DE AMAR

TEMPO DE MARTEMPO DE AMAR

“Se a natureza me oferecesse duas coisas e dissesse:
Que era para eu escolher
Eu não me importaria com a segunda se a primeira fosse você”

“Se você me vir calada
Não me pergunte o porquê
Não penso em nada na vida
A não ser em você.”
(frases escritas pelas alunas do 1° ano da EEFM Gonzaga Mota, em Fortaleza)

O homem e a mulher necessariamente nascem do amor e vivem para ele. O jovem e a jovem, como estão se preparando para a procriação, para a reprodução, para o casamento, convergem para esse sentimento universal toda sua expectativa de vida. É nele que residem as esperanças, é por ele que o menino e a menina vão ao colégio, à praia ao shopping, à igreja. Eles e elas estão sempre à procura de sua cara metade, de sua alma gêmea. Em seus semblantes transborda a necessidade da felicidade a dois.


Entretanto há um perigo!!!

Por que será que há tanto adulto infeliz com seus companheiros e companheiras?
Por que também há tantos jovens casados e casadas precocemente e que muitas vezes acham que suas vidas acabaram ali?
A resposta é bem simples. A ansiedade. Cuidado com a ansiedade. Na ânsia de se resolverem afetivamente buscam pares quaisquer. Para mostrar aos colegas: “vejam, eu tenho um namorado/uma namorada”.
Todos nós nascemos para o amor e, como alguém me disse há muito tempo: “existe sempre alguém para alguém”. Mas esse alguém precisa acontecer, precisa ser-nos apresentado. Mas por quem? Pelo tempo, pelo momento. Vejamos o texto abaixo de um autor desconhecido, pelo menos para mim, e reflitamos acerca desse grande mestre, que é o tempo:

O TEMPO CERTO

De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas.
Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo! Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.
Mas alguém pode perguntar:
─ Mas qual é esse tempo certo?
Bom basta observar os sinais. Geralmente quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer.
Mas com certeza o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação e da pessoa certa!
Basta você acreditar que nada acontece por acaso!
E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas.
Tente observar melhor o que está à sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda.
Lembre-se de que o universo sempre conspira a seu favor, quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.
Caetano Veloso diz em uma de suas composições:
“É INCRÍVEL A FORÇA QUE AS COISAS PARECEM TER QUANDO PRECISAM ACONTECER!”
Pronto eis a resposta pela qual você esperava. Quando as coisas vão acontecer ela nos enviam sinais. No amor também é assim. Devemos, portanto esperar que as pessoas nos sejam apresentadas pelo momento. Os jovens e as jovens, como são mais impacientes que o restante da humanidade, precisam refletir mais que o restante da humanidade. Precisam se divertir, sem essa ansiedade de encontrar alguém, precisam, principalmente, se permitirem conhecer pessoas de diversos matizes e esperar o sinal. Quando isso acontecer, jovens,

SEJAM FELIZES!

NA ESCURIDÃO MISERÁVEL

FERNANDO SABINO  “Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no Jardim Botânico. Senti que alguém me observava, enquanto punha o m...