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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

As lágrimas de Lula e o espírito olímpico de Tostão



14/10/2009
Por Edilson Silva* – http://twitter.com/EdilsonPSOL, em 12.10.2009 


Lula chorou no anúncio da vitória do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Não há razões para se duvidar da honestidade das lágrimas do presidente, afinal de contas, lá no seu íntimo, ele deveria estar pensando algo do tipo: “nunca antes na história deste país…”
As emoções fazem parte do espírito olímpico. Ali, naquele momento, era como se o presidente estivesse num pódio, recebendo uma coroa de louros, como na Grécia Antiga. A superação, a vitória! As lágrimas foram inevitáveis. 
Mas o espírito olímpico do presidente parece resumir-se às lágrimas que percorreram o mundo na velocidade da luz. Enquanto a comitiva brasileira, composta de notáveis como Pelé e Paulo Coelho, comemorava a vitória em Copenhage, e outros tantos milhões de corações brasileiros vibravam onde estivessem, mas certamente com mais força na praia de Copacabana, onde uma grande festa acompanhava a definição do resultado, o governo Lula ia costurando um proposta que em nada se assemelha ao espírito olímpico. 
A tal proposta prevê a premiação com cerca de R$ 400 mil a cada um dos campeões mundiais de futebol pela seleção canarinho. Somente aos campeões e somente para a modalidade futebol. A primeira e contundente reprovação veio do sóbrio Tostão, campeão e craque de bola da seleção de 70, em artigo publicado em jornais de grande circulação:“(…) Podem tirar meu nome da lista… (…) O Governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? 

Sobra espírito olímpico em Tostão. Há um déficit razoável deste espírito na turma do governo Lula. E não só por conta desta proposta, mas pelo que foi feito no Pan, por exemplo, realizado também no Rio de Janeiro em 2007. Para o governo, os esportes são negócios capitalistas, onde os campeões conseguem se virar e os derrotados devem amargar a dor da pobreza e da falta de condições mínimas para serem “tão somente” atletas representantes de seu país. 
Mas Tostão não se limitou a recusar o prêmio e criticar o seu casuísmo. Deu pistas de onde o governo poderia investir o dinheiro e depositar sua vontade de contribuir para os esportes: (…) O que precisa ser feito pelo Governo, CBF e clubes por onde atuaram esses atletas é ajudar os que passam por grandes dificuldades, além de criar e aprimorar leis de proteção aos jogadores e suas famílias, como pensões e aposentadorias. É necessário ainda preparar os atletas em atividade para o futuro, para terem condições técnicas e emocionais de exercer outras atividades. A vida é curta, e a dos atletas, mais ainda (…)”.
É um craque, dentro e fora das quatro linhas. Quem sabe o Lula não se emociona também com mais este golaço do Tostão? 
Presidente do PSOL/PE

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