Vejo a
frente uma casinha
Humilde e
bem sobranceira.
É uma casa
nordestina
Muito bela e
sertaneira.
Pouco verde
há por ali
O sol eriçou
o mato,
O chão, a velha
cancela.
Ficou tudo
muito chato.
Mas a vida
dentro rola,
É a força
que nunca seca
Embalando eternos
sonhos
De quem luta
e pouco peca!
A panela no
fogo à lenha,
Cose a vida
em pensamento,
Dourando a
comida rala,
No óleo
santo do lamento!
Lá fora, o
vento tange
Folhas
velhas, ressecadas
Pisadas por
pés calosos,
Por São José
abençoadas.
O homem que
puxa o burro
Ensina para
a criança
Que Deus nos
dá o calor
Pra merecer
a bonança!
Se hoje o
sol é ardente,
Amanhã será
ameno;
Se o viver ainda
é pouco,
Logo logo
estará pleno!
O homem e
sua família,
Na humildade
do lar,
Rezarão mais
uma vez
Pra São José
água mandar!
(Professor
Alves)