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domingo, 13 de novembro de 2011

EFEMERIDADE



         Não, eu não amanheci melancólico. Acho que é um adjetivo com o qual não convivo. Não sou de olhar o dia e desejar que já fosse noite, ou olhar a lua e desejar que o sol estivesse a pino. Portanto não sou melancólico. Apesar de refletir sobre a efemeridade do tempo, da vida e do que já fui. Estou sim é chateado com a arrogância humana. Como há pessoas que se acham imortais! Sim pois só esse sentimento justifica, por exemplo, a arrogância, a petulância do nosso governador ao se defrontar com os servidores exigindo seus direitos. O que me levou a essa reflexão foram duas coisas. Primeiro uma propaganda de uma escola particular. A segunda foi a lembrança de um amigo a respeito de um ex-governador já morto.
       A propaganda da escola a qual me referi faz referência a, desculpe a tautologia, equipamentos, como bip, vídeo cassete, máquina de datilografia. Que já estão no esquecimento. As novas gerações já não sabem o que representou isso. Em seguida o publicitário apresenta a Educação como algo que dura para sempre. E conclui: “invista em algo realmente duradouro”. Xou de bola, com x e tudo mais. Tudo nessa vida é passageira, menos o trocador, o motorista e o conhecimento. O governador em pouco tempo será um monte de ossos putrefatos na “frialdade inorgânica da terra”, para lembrar augusto dos Anjos, imortal.
Todos mortos, profundamente mortos

      Quanto ao ex-governador morto, não há nada do que falar, só que ele se foi, como todos nós iremos, e só deixou alegria. Assim é com todos os ditadores, com todos os bonzinhos, estes deixarão saudades. Aqueles, repito, só alegria. Lembro-me fortuitamente de Hitler, Mussoline, Manuel Bandeira, “Estão todos dormindo/ Estão todos deitados/ Dormindo Profundamente”.
(Professor Alves)