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sábado, 29 de setembro de 2018

A HISTÓRIA E SUAS COINCIDÊNCIAS



            A História tem suas terríveis coincidências. Esse é o motivo pelo qual se deve conhecê-la, para que não se cometam erros de passados remotos ou de passados recentes. Uma data que se repete, pode trazer as mesmas consequências, senão piores. Assim foi o 11 de setembro de 2001, hoje, lembrada como a data em que ocorreu o maior ataque terrorista da história.
             Eram quase nove da manhã daquele fatídico dia, quando dois aviões se projetaram sobre as duas tores gêmeas em Manhatta, símbolo da hegemonia capitalista norte americana. Eram aviões sequestrados por integrantes da organização terrorista islâmica Al Qaeda, comandada por Osama bin Laden, que declaravam peremptoriamente seu ódio aos americanos e sua imposição no mundo. Era um recado que deve ter ecoado como vingança nas mentes de muitas pessoas que padecem também dessa horrível mania de imperar que os Estados Unidos da América tanto impõem às suas “colônias”, sobremaneira, da América Latina. Esse ataque deixou exatamente 2.996 (duas mil novecentas e noventa e seis) vítimas. Sem dúvida uma tragédia de grandes proporções. Mas nada se comparada ao ataque terrorista imposto pelos americanos quando...
            Eram quase nove horas da manhã de 11 de setembro 1973, ou seja, exatamente 38 anos antes da tragédia do World Trade Center. Naquele momento, Salvador Allende, presidente eleito pelo povo Chileno, com o objetivo de realizar as reformas populares que tanto incomodavam  os americanos, arautos da democracia, discursava ao seu povo, na Rádio Magallanes. Era o seu último discurso, antes de ser bombardeado pelos aviões da força aérea chilena, sob as ordens do futuro ditador Augusto Pinochet. São palavras dele, às 9:10 da manhã: “Seguramente esta será a última oportunidade em que eu possa me dirigir a vocês. A Força Aérea bombardeou as torres da Rádio Postales e da Rádio Corporación...” Sabia ele que logo a rádio em que estava também seria bombardeada e ele morreria, e consigo os sonhos do povo chileno. O que, como todos já sabem, aconteceu.
            Qual tragédia foi a maior, qual teve as maiores proporções? A resposta é simples: aquela cujo número de vítimas foi maior; aquela cujos prejuízos para  população foram desencorajadores; aquela cuja cultura foi vilipendiadas, massacrada; aquela cuja liberdade foi cerceada até a exaustão. A tragédia do Chile, imposta pelos americanos. Tragédia que se ramificara desde o início dos anos sessenta, por quase todos os países da América Latina. Só no Chile, foram mais de 40.000 (quarenta mil vítimas), quase 20 vezes mais do que os americanos mortos na tragédia das torres gêmeas.
            A história nos conta episódios maravilhosos de descobertas fabulosas, grandes avanços tecnológicos, impressionantes superações científicas. Já nos contou histórias terríveis de genocídios, de invasões bárbaras, de holocaustos e de coincidências. Mas coincidências não existem. Podem até haver coincidências de datas, como essa em questão. Mas coincidências de eventos não. Na verdade, é a história que se repete, é o ciclo das decisões coletivas, as quais, se não forem bem analisadas, trarão  consequências desastrosas.
(Professor Alves Andrade)

NA ESCURIDÃO MISERÁVEL

FERNANDO SABINO  “Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no Jardim Botânico. Senti que alguém me observava, enquanto punha o m...