Em setembro
As garças devolvem-me
Sua paisagem branca
Nas árvores risonhas
Tempo de criação.
Em setembro
A tristeza necessária do inverno
Dá passagem à alegria das flores
E os campos se revestem
De colorida vestimenta
Em setembro
As águias velhas pedem mais tempo
Se resguardam no cume da colina
E se armam de nova vida
Em setembro
Hermes anda buliçoso
Vadio, insolente
Voluptuoso e curioso
É Virgem que se lança
entre os astros
Torna-se rainha, regente,
Pleno de pureza e de ciúmes,
Busca readaptação
E nos ensina
Com quantas violetas se faz uma estação!
(Professor Alves)