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Em cima do
guarda-roupa há uma caixa
Nessa caixa
um monte de cadernos
Nesses
cadernos estão meus sonhos
Nesses
sonhos meus desejos
Nesses
desejos, a vida
Nessa vida
meus desejos
Desejos que
refletem meus sonhos
Sonhos que
os pus em cadernos
Esses
cadernos, pu-los dentro de uma caixa
Que pus em cima do guarda-roupa
E hoje miro,
os meus sonhos que não voaram
Que
permanecem comigo,
Juntinhos de
mim, num trânsito infinito
Entre a
caixa em cima do guarda-roupa
E mim, e
minha mente, e minhas ações
Alguns já envelheceram,
se aposentaram
Outros
nascem todos os dias
Brincam com
os avós,
Os avós lhes
dão conselhos:
“Não
envelheçam, busquem voar,
Ir para
longe, se realizar,
Pois só os
sonhos que não correm
Que não
voam, envelhecem, se aposentam...”
Mas os sonhos
netos,
São crianças,
são teimosos
Amam os
sonhos avós
Não os
querem abandonar
Assim a
família cresce
Família de
sonhos
Gerações que
se sucedem
Que são
felizes, por não fugirem
Ficam perto
de mim,
Juntos de
mim
Vou então
transportando-os para cadernos
Para livros
que escrevo
Que não
publico
E assim vão
para a caixa
A caixa em
cima do guarda-roupa!
(Francisco
Alves, maio de 2014)