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terça-feira, 23 de março de 2010

NOVAS CENAS, VELHAS IMAGENS

Até hoje não entendi por que a televisão gasta tanto dinheiro na produção de notícias sobre determinados eventos. O carnaval, por exemplo, era bastante que ela, a imprensa, reeditasse imagens de outros carnavais, pois as bundas são mesmas, os peitos também, embora um pouco mais caídos. Até o número de mortos e feridos é o mesmo.

Se não vejamos! Você está em casa, terça-feira de carnaval e liga a tevê e lá está o repórter, ou a repórter em meios a um monte de gente suja de goma, gritando feito índio, certo de que estão se divertindo. Do outro lado, na serra, está outro monte, desfilando roupas finas, ouvindo jazz, blues, tentando se convencer e também aos outros de que estão adorando, pois são "chics". Precisa filmar a mesma coisa todo ano? Pelo amor de Deus!! Não seria mais prático e muito mais barato apenas reeditar as imagens?

Certas estão as emissoras de rádio locais, que não mandam mais ninguém aos campos de futebol, aproveitam-se das imagens das tevês a cabo. E fazem o maior sucesso de audiência.

E o que dizer das eleições! As histórias são sempre as mesmas: candidatos a prefeito ou a governador, sem falar nos presidenciáveis, repetindo as mesmas promessas. Se estão tentando a reeleição, prometem fazer o que não fizeram ainda. Se tentam pela primeira vez, criticam os que lá estão, e prometem o que nunca farão, até hoje não sei onde eles conseguem ser tão imaginativos, e/ou cínicos. E ainda há um monte de gente besta, entre eles muitos funcionários públicos, candidatos a vereador, que lá estão, possivelmente tentando um lugar em algum circo, ou apenas para pegar a licença do período. Enquanto isso os candidatos a cargos executivos e as candidatas distribuem risos falsos e tapinhas nas costas, sonhando já com o montante de dinheiro que desviarão para as suas contas. Seria tão fácil apenas reeditar as palhaçadas do período eleitoral anterior, pois até os nomes são os mesmos.

Essas histórias das mesmas cenas não dispensam nem a, antes SANTA, semana. Vejam as cenas deste ano e compare com a dos anos anteriores. Até mesmo as notícias são as mesmas, do tipo, "o peixe está mais caro que no ano passado, donas de casa pesquisam para tentar comprar o pescado mais barato; as fábricas de chocolate estão oferecendo grande variedade de chocolate", sério!? E depois, "O feriado da Semana Santa foi mais violento do que o período carnavalesco".
Vale a pena ouvir as mesmas coisas todo ano? Eu, hem!

(Professor Alves Andrade)