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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

BREVE HOMENAGEM A SEU LUÍS ALVES, NO DIA DOS PAIS




“era ele que erguia casas
onde antes só havia chão
como um pássaro sem asas
ele subia com as casas
que lhe brotavam na mão.”

Neste domingo de agosto
Com maus versos mais de gosto
Quero aqui homenagear
Pra que todos nós possamos
O dia dos Pais comemorar.

Peço que Deus me ajude
Me dê siso e atitude
Pra esses versos desenhar
Pra ser correto e leal
E na métrica não errar.

Quero abraçar os presentes,
Sem esquecer os ausentes
Que aqui todos estão
Netos, sobrinhos e esposas,
Genros, noras, irmãos.

Não deixando de lembrar
A que entre nós não mais está
Nossa mãe do coração
A qual habita agora o céu,
Já ganhou seu galardão.

Quero falar de seu Luís
Árvore de grossa raiz
Nosso querido e velho pai
A ele quero dedicar
O poema que aqui vai.

São fagulhas da vida,
Pois falar toda existência,
Abordar toda sua lida,
É impossível e estou certo
Ninguém fará essa exigência.

*****

‘Inda guardo lembrança,
‘Pesar do tempo que vai,
Veloz cavaleiro andante,
Sem pudor nem bonança,
E eu sendo mero esperante.



Fins de tarde do dia a dia,
Nós sentados na calçada
Esperando prenhes de alegria,
Ansiosos pela passada,
Que logo ao longe se via.

Não havia cena mais bela,
Em filmes do mundo inteiro,
Do que esta simples, singela:
O pai pra casa caminheiro,
Digna das melhores telas.

Quando ele chegava então,
Não tinha arroubos de carinho,
Costumava agir assim não,
Não era esse o seu jeitinho,
Também não havia carão.

Passava, pois, em nossa testa
Sua mão pesada e forte,
Seus olhos eram só bondade
Ao dizer: “Deus te dê sorte,
Fortuna e felicidade!”

Era grande a felicidade,
Uma alegria indescritível,
Vida era então exalada,
Pairava algo indizível,
Logo após sua chegada.

Mamãe punha de castigo,
Se havia travessura,
Aí só a presença do amigo,
Pra nos livrar da clausura,
Pra nos guardar do perigo.

*****

O tempo passa e passará,
Já vão longe esses dias!
O futuro veio e virá,
Temos novas alegrias,
Assim foi e sempre será.






Hoje alegria de verdade,
É vê-lo assim com saúde,
Mesmo de avançada idade,
É homem de severa atitude,
Se houver, pois, necessidade.

Isso só me faz lembrar
Das coisas que nos contava,
Quando um cigarro a fumar,
Contos e ditos narrava,
Ou em versos a recitar.

Eram histórias daqui e d’além,
De suas aventuras vividas
E contos de trancoso também,
As atenções absorvidas,
Fora não havia ninguém.

Nasceu com o dom da poesia,
E nisso fui seu herdeiro,
Mas o orgulho do dia a dia,
Eram as casas que fazia
Na profissão de pedreiro.

De caráter não vi igual,
Age até hoje com justiça,
Cuida de gente e de animal,
Não tem dos outros cobiça,
Cada qual com seu cada qual.

Não se dominou por vício,
Sabe no consciente mandar,
Mas já viveu com desperdício
Querendo, soube parar,
Razão é seu artifício.

Quando jovem curtiu a Lua,
Gostava de farra e mulher,
Deixava-se estar na rua,
Pode pensar quem quiser,
Mas santo nunca foi a sua,

Ao voltar pra sua morada
Encontrava a companheira,
É claro, bem chateada,
Por privações sofridas,
Pelo tempo de bebedeira.


Mas o tempo foi passando
E as futilidades também
O comportamento mudando
Restaram só lembranças
De amigos, momentos de alguém.

****

Peço, a Deus nosso Senhor,
No futuro o galardão
Pra quem vive com louvor
E rogo uma salva de palmas
Pra Seu Luis, nosso paizão.

(Francisco Alves de Andrade)