Há alguns dias, recebi de meu amigo Roberval um e_mail muito simpático a respeito de um projeto de lei de autoria do nobilíssimo senador Cristóvão Buarque. Este projeto de lei auspicia a obrigatoriedade por parte dos políticos brasileiros de matricularem seus filhos na Escola Pública. Eis abaixo a resposta que lhe dei:
Boa tarde, amigo,
Acho que não seria uma boa ideia. É corrente o pensamento de que um dia a escola pública funcionou neste país. Entretanto há aí um grande equívoco. A escola "pública" que um dia funcionou de fato não era pública, era privada bancada pelo poder público. Naquela escola estudaram, aqui no Ceará, Cid Carvalho, Lúcio Alcântara, Cid ferreira Gomes, A mãe do citado antes, Belchior(se não me engano), governadores, prefeitos, empresários...
Creio em que se os políticos fossem obrigados a matricular seus filhos em escolas públicas (não sei como se faria isso), ou eles transformariam a escola pública, escola democrática, em uma escola "pública", restrita ou dariam um jeito de matricularem seus filhos na escola pública e arrajariam outro jeito de os manterem na PRIVADA. Cuidariam com certeza para que seus filhos não estivessem juntos da gentalha, criando até escolas próprias para seus filhos. Não podemos ajeitar o país e suas falhas instituições com medidas autoritárias. E essa não seria uma medida autoritária? Além do mais sabemos que o IFCE (onde vossa senhoria estudou), o Colégio Militar, O Colégio Pedro II são exemplos de Escolas públicas cuja qualidade é incontestável. E, se por uma questão de não sei o quê, essa lei fosse aprovada, seria lá que os filhos dos ditos cujos iriam parar.
Não vislumbro em nenhum momento o filho ou a filha do Sr. Fernando Hugo, deputado estadual que troca votos por feijoada e cerveja, adentrando os portões da EEFM Professor Paulo Ayrton Araújo. Ou será que estou enganado?