(Sobre um
estou que se ouviu na escola)
Deu-se que
era um dia normal
Desses que a
gente sabe
Que nada vai
acontecer de mal
A gente
pensa mas não sabe
Pensa que é
os dia é tudo igual!
Na verdade
era noite não dia
Noite de
luz, forte da lua,
Noite bela
de atraente alegria,
Noite de
beijos e baixos sussurros
Noite de mão
que tudo acaricia!
De repente
ouviu-se booomm!
Ou terá sido
um alto Pê!?
Decerto não
fora apenas um pum,
O barulho
foi ensurdecedor,
Pareceu mais
um forte Tuuum!
Todos
correram pra ver o que era
Ninguém se
entendia de verdade
Alguém disse
“aquele tiro quem dera?”
“Que tiro,
que nada foi bomba!”
Outro
adiante dissera!
Todos
dispersaram naquele dia
A polícia
foi chamada às pressas
Logo logo a
escola ficou vazia!
Não se
chegou a nenhuma conclusão
Só medo nas
faces reluzia!
No dia
seguinte era grande a discussão
Sobre o que
era de fato o barulho
Uns diziam “foi
bala, não duvide não!”
Outros
diziam “foi bomba caseira!”
Estabeleceu-se
pois a reunião!
Professor
Luciano, cabra entendido,
Disse: “tiro
é seco, assim, pêi”
E fez um
jeitinho com o braço estendido
Que pareceu
uma donzela em suspiro
Esperando da
guerra o marido!
Professor
Magno disse: “embaixo eu assino,
Se fosse
bomba o som se expandiria
Mas não!
Isso foi bala de homem assassino
Foi seco, repetitivo,
assim, tá-tá-tá!”
E todo gritaram,
“ui seu minino”!
Miguel que
tudo isso escutava
Disse, eu de
nada sei, juro por Deus
Não sei porque
cá não estava
Estava a procurar
pela Jarina
Porque
comigo se punha brava.
Sthephanny,
com sua bela vozinha
Disse, “calma,
a coisa não é tão feia assim,
Dizem alguns
de forma bem bonitinha
Que não foi
bala, o estampido ouvido
Acho que foi
bomba, e bomba bem fofinha!”
“Gente, pelo
amor, não foi bala, foi bomba”
Disse a
diretora, acabando com a história
“Quem disser
o contrário, de mim zomba!
Achamos esse
artefato no banheiro
Que mais
parece caroço de pitomba.”
Eu, como não
estivesse lá no dia,
Fiquei só
ouvindo de boca fechada
E pra não
acabar com alheia alegria
Fiz a única
coisa que aprendi
Fiz para
vocês essa humilde poesia!
(Francisco
Alves)