Sou apenas eu
Mero ser sem fantasia
Sem buraco negro
Sem teogonia.
Mas de repente Tu me
arrebatas
eu, do mundo dos vivos,
Transcendo ao dos
imortais
Sou feliz, amante, Teu,
todo Teu.
Mas Tu me me dizes não
E me devolves insano
Sou novamente pobre,
reles mortal
Sem Ti não sou nada
além de mim mesmo.
Sofro, respiro, rezo
A oração me guia
Me leva a um só
caminho
A solidão me pega, me
domina.
De súbito estou
sóbrio, até rio
Mesmo sendo apenas eu
Mortal sem signo, sem
salvação
mesmo sem Ti.
Mas de repente Tu me
arrebatas
…
(Professor Alves,
18/11/11)