domingo, 21 de fevereiro de 2016

PARA VICTOR HUGO, NO SEU ANIVERSÁRIO DE 15 ANO


Que homem pode dizer que o nascimento do filho não é sua grande realização? Acredito que só aqueles que não conviveram com seus frutos, pois ver o filho nascer é a maior de todas as realizações. Ver aquele pequeno ser em seus braços, ensinar-lhe os primeiros passos, as primeiras palavras, as primeiras coisinhas.
Que homem pode dizer que não há felicidade de ver seu filho completar quinze anos? Creio que nenhum, a não ser aquele que não foi ou não se esforçou para ser pai de verdade. Hoje meu filho, Victor Hugo faz 15 anos, e trata-se de um momento ímpar. É praticamente o momento em que o entregamos de vez à vida. Ciente de que tudo aquilo que eu e sua mãe lhe orientamos servirá de base para sua conduta na sociedade. É como vê-lo nascer de novo, agora grande, com a voz já grossa e as formas (quase) definidas.
Mas vou-lhe pedir desculpas, Victor, porque é como se nascesse de novo, pequeno. Meu bebê, nosso bebê, do qual precisamos ainda cuidar, como de uma planta que precisa ser regada com muito amor, para que suas folhas, seu caule e suas flores possam ainda se desenvolver.
Queria, portanto, dizer-lhe o quanto o amo, o quanto quero ver você feliz. Até já conversamos sobre isso. “A felicidade é como uma borboleta. Quando corremos atrás dela, ela foge de nós, mas se a esperamos no cumprimento do dever, logo ela vem pousar em nosso ombro”. Se tivesse ainda quatro anos, você perguntaria “e que deveres são esses, papai”. E eu lhe respondo: Fazermos aquilo que devemos fazer, amar as pessoas como elas são, fazer amigos sempre, pois como disse Chapplin “não existem estranhos, o que há são amigos que não nos foram apresentados”. Nunca discriminar nada nem ninguém, pois se tudo no mundo é criação de Deus, tudo precisa ser respeitado. Mas a principal fórmula da felicidade encontra-se no maior avatar que a humanidade já possuiu: Jesus Cristo. Ele é o modelo o qual devemos buscar, apesar de sabermos que essa envergadura moral jamais será por nós alcançada. Mas podemos repetir-lhes alguns gestos. A caridade para com os homens, a caridade para com os animais, a caridade para com nós mesmos.

É assim, filho, seu pai quando começa a escrever não tem mais paradeiro. Vou parar então por aqui, desejando tudo de bom mais alguma coisa que possa haver nessa vida para você. Que você compreenda a responsabilidade do que é ter QUINZE  e a responsabilidade de se tornar homem.
(Francisco Alves Andrade)