domingo, 19 de junho de 2011

MULHER CIUMENTA

16/06/2011

Poema de Salvador Bonfim




Por Salvador Bonfim



Prefiro passar fome
Em um lugar isolado
Até mesmo maconhado
Nem que em onça mame
Mesmo manchando o nome
Prefiro vida nojenta
Uma vida de tormenta
Melhora um dia espero
O que detesto e não quero
É uma mulher ciumenta

Quero que um bocado enganche na garganta
O pomo desce e levanta
Os olhos na caixa virando
Quero que fique sangrando
Um forte câncer na venta
Qualquer coisa em mim assenta
O que não posso aceitar
É conviver e morar com uma mulher ciumenta

Quero peste, fome e guerra
Tudo no mundo  enfrento
De qualquer forma agüento
Viver em pé de serra
Morar debaixo da terra
Junto a cobra peçonhenta
Em época turbulenta
Sou franco, e sou sincero
Nem perto de mim não quero
Uma mulher ciumenta

Prefiro qualquer doença
AIDS, asma e tuberculose
Trombose lupa ou cirrose
O que eu penso ela não pensa
Só uma lacuna imensa
O que não presta ela inventa
O bom diminui o mal aumenta
Falo e sou sincero
Mulher boa eu venero
Não mulher ciumenta

Penso até que é exagero
Em aceitar o que não presta
Para mim isso é festa
Sem nem um desespero
Nem para ganhar dinheiro
Ela pode ser opulenta
Só se mudar de conduta
Ai eu pego e abraço
Só não caio no laço
De uma mulher ciumenta

Pode ser enxerida
Traficante e leviana
Com falsas fraudes, engana
De uma péssima vida
Uma megera e bandida
De procedência sanguinolenta
Que todo mal nela assenta
Mesmo assim eu aceito
Para mim não tem jeito
É uma mulher ciumenta

Ciúmes e zelos amorosos
Inveja e emulação
Do intimo do coração
Com motivos caprichosos
Lindos laços carinhosos
O mal sempre ela alimenta
A base da mulher pungenta
Tenho pavor do ciúme
É um amor sem perfume
O da mulher ciumenta

Sei que não é descente
Mulher leviana se adotar
Para construir seu lar
E ela ser a semente
Pode não vir boa gente
De uma vil prostituta
Só se espera uma tormenta
Mesmo assim sou sincero
O que detesto e não quero
É uma mulher ciumenta

Qualquer mulher se aproveita
Branca, morena ou mulata
Sem ser da cúpula ou nata
Nem uma delas se enjeita
Qualquer uma será aceita
Mesmo sendo rabugenta
Sarará ,suja e nojenta
Um dia a sorte eu espero
O que repudio e não quero
É uma mulher ciumenta

Tenho muita experiência
Conhecimento da vida
Pode ser bela e querida
E ter uma boa vivencia
No amor a conseqüência
Triste melancólica inventa
Levanta falso a nojenta
Com caprichoso esmero
Eu repudio e não quero
Uma mulher ciumenta

 Nota do site: Em conversa com o poeta Salvador Bonfim, esse poema da mulher ciumenta não foi escrito “por experiência própria” segundo o mesmo sua esposa administra bem esse sentimento chamado “Ciúme”

domingo, 12 de junho de 2011

PAI NOSSO MEDITADO



Se em minha vida não ajo como filho de Deus,
fechando meu coração ao amor,
será inútil dizer: PAI NOSSO.
Se os meus valores são representados pelos bens da terra,
será inútil dizer: QUE ESTAIS NO CÉU.
Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo,
será inútil dizer: SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME.
Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades,
será inútil dizer: VENHA A NÓS O VOSSO REINO
Se no fundo o que eu quero mesmo é que todos os meus desejos se realizem, será inútil dizer: SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU.
Se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome, será inútil dizer: O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE.
Se não importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar aos que atravessam o meu caminho, será inútil dizer: PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO.
Se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho do Cristo, será inútil dizer: E NÃO DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO.
Se por minha vontade procuro os prazeres materiais e tudo o que é proibido me seduz, será inútil dizer: MAS LIVRAI-NOS DO MAL....
Se sabendo que sou assim, continuo me omitindo e nada faço para me modificar, será inútil dizer: AMÉM.
Autor: Edmilson Duarte Rocha
do sítio: http://www.homemsonhador.com/PaiNosso.html

sexta-feira, 10 de junho de 2011

ORAÇÃO DOS NAMORADOS




ELE:
Oh! Deus, permiti, pois, que esta que está
Ao meu lado permaneça sempre aqui,
Que seu sorriso me dê o que me dá:
Segurança e denodo pra seguir.

E quando em breve estivermos unidos,
Assim pelas leis dos homens, casados,
Então pelas leis divinas, ungidos,
Nossos corpos, fortemente, atados,

Eu terei tempo de mudar o mundo,
Pois saberei de sua eterna amizade
E contarei com seu amor oriundo
De uma relação feita de verdade.

E assim, num futuro não tão distante,
Contaremos às novas gerações
O quanto foi bom vivermos amantes
E termos unidos os dois corações.


ELA:
Oh! Deus, fazei que este moço que está
Ao meu lado, de minha alma amado,
Continue, como agora, a me amar,
Sereno, amigo e sempre denodado.

E um dia quando estivermos casados,
Eu, amparada no seu lindo braço,
Seus firmes passos pelos meus guiados,
Nós dois unidos sem nenhum embaraço,

Eu terei força pra enfrentar a vida,
Pois saberei de sua grande amizade
E poderei, por seu riso impelida,
Vencer na vida sem temeridade.

E quando a velhice chegar, sem dor,
Diremos a todos, de boa vontade,
Como foi lindo e vero o nosso amor
E quão grande nossa felicidade.

OS DOIS:
Amém!
(Professor Alves)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A BOLACHA




      Era uma vez uma moça que estava à espera de seu vôo, na sala de embarque de um grande aeroporto.Como ela deveria esperar por muitas horas, resolveu comprar um livro para matar o tempo. Comprou, também, um pacote de bolachas. Sentou-se numa poltrona, na sala VIP do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. 
       Ao seu lado sentou-se um homem. Quando ela pegou a primeira bolacha, o homem também pegou uma. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada. Apenas pensou : "Mas que cara de pau ! Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse!!!" A cada bolacha que ela pegava, o homem também pegava uma. Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia nem reagir. Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou: "Ah. O que será que este abusado vai fazer agora?" Então o homem dividiu a última bolacha ao meio,
deixando a outra metade para ela. Ah!!! Aquilo era demais !!! Ela estava bufando de raiva ! Então, ela pegou o seu livro, e as suas coisas e se dirigiu ao local de embarque.
         Quando ela se sentou, confortavelmente, numa poltrona já no interior do avião olhou dentro da bolsa, para pegar uma caneta, e, para sua surpresa, o pacote de bolachas estava lá... ainda intacto, fechadinho !!! Ela sentiu tanta vergonha! Só então ela percebeu que a errada, era ela sempre tão distraída! Ela havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas, dentro da sua bolsa.... O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo as dela com ele. E já não havia mais tempo para se explicar... nem para pedir desculpas! 

        Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo as bolachas dos outros, e não temos a consciência disto? Antes de concluir, observe melhor! Talvez as coisas não sejam exatamente como você pensa!!! Não pense o que não sabe sobre as pessoas. Existem quatro coisas na vida que não se recuperam:
- a pedra, depois de atirada;
- a palavra, depois de proferida;
- a ocasião, depois de perdida;
- e o tempo, depois de passado".

Pense nisso!

(Contribuição da amiga Mirian Semeraro)

ROMANTISMO DE ALMEIDA GARRETT