segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

NO TEMPO DOS CORONÉIS




               Era a época em que os coronéis ditavam as ordens no nordeste brasileiro. Eram homens poderosos, que tinham direito sobre a vida e sobre a morte, mandavam prender, mandavam soltar e também mandavam bater. Rodeados de capangas, muitos advindos do cangaço, eram homens de posse e de política. Eram eles que elegiam e eram eleitos. Eleição servia apenas como um faz de contas. Democracia era palavrão, cheirava a comunismo e comunismo era coisa do demônio.
               Mas dentre esses cidadãos de poder, de mando, havia uns poucos de coração generoso, que se condoíam do sofrimento alheio e colocavam muitas vezes seus contos de réis a amenizar o sofrimento daqueles que pouco ou nenhum tinham. Coronel Epitácio Alves D’ângelo era um deles. Homem de terras a perder de vista, casa grande sem senzala, gado e muito dinheiro debaixo do colchão. Sua descendência remonta ao Alferes José de Fontes Pereira de Almeida Alves, fundador da cidade hoje denominada Morada Nova. A seu serviço, muita gente entre homens e mulheres, pretos e brancos. A religiosidade fê-lo construir uma capela, à qual vinha geralmente aos domingos um padre trazer-lhe a bênção, a ele e aos que ali frequentavam e aos que ali trabalhavam, pois filhos e mulheres não tinha, apesar da sua libido exagerada. Mas ninguém ousava duvidar de sua duvidosa masculinidade.
               Estava esse homem sempre cercado por pessoas a bajulá-lo, sempre em busca de um favor, de um auxílio de natureza diversa. Conta-se que por trás de sua cadeira de balanço, havia uma abertura na parede, encoberta por uma lâmina de madeira, em que guardava sempre uma boa quantidade de dinheiro para emprestar a quem tivesse necessidade. Humildemente o homem e aproximava do Coronel e pedia-lhe emprestado algum. Ele simplesmente apontava com o polegar a abertura na parede, e o indivíduo ia pegar  a quantia solicitada. Alguns dias, semanas, meses depois, o homem vinha, sem grande humildade, pagar-lhe o que devia. Coronel Epitácio apenas apontava a abertura e o homem, meio desapontado, lá ia pôr a quantia em dinheiro.
                              Mas entre pessoas honestas, há sempre aqueles que se acham espertos e confundem bondade com ingenuidade. Certo comerciante, de nome Otávio Cesário, desses que não perdem a oportunidade de abusar da bondade alheia, precisando urgentemente de um dinheirinho para repor o estoque de seu armazém, dirigiu-se à fazenda do Coronel Epitácio. E depois de muito bajular o benfeitor, confessou o real motivo de sua estada ali. O Coronel fez o gesto costumeiro, indicando a abertura na parede. O homem retirando a quantia necessária, retirou-se, com uma vênia ao poderoso homem.
               Algumas semanas depois, estava o Coronel fumando seu costumeiro charuto, quando se aproximou o comerciante Otávio para devolver-lhe o empréstimo. O Coronel fez-lhe o gesto costumeiro, o outro se dirigiu para lá, abriu a portinhola de madeira e fechou-a sem nada pôr lá. E saiu, se despedindo com um sorriso cínico, coroando sua esperteza. 

               Não se passou muito tempo desse ocorrido, Nosso amigo comerciante, Otávio Cesário, apareceu na fazenda do Coronel. Após alguns dedos de prosa, revelou-lhe o que queria: um pequeno empréstimo, um pouco maior que o anterior é claro. Epitácio D’ângelo, não interrompeu a conversa com um aliado político, mas o gesto de sempre foi repetido, ao que o comerciante, regozijante, dirigiu-se ao buraco. Seu rosto ficou lívido, quando não encontrou nada lá. Voltou meio contrafeito até à cadeira do Coronel e pedindo-lhe licença disse-lhe, tropeçando nas palavras:
               — O Coronel me desculpe... mas... lá na portinha... não tem nenhum dinheiro!
               O Coronel deu um sorriso breve, bateu com o leque no joelho levantou os olhos para o homem, que já suava de desapontamento, e lhe respondeu:
               — Se não tem nenhum dinheiro lá, é porque da última vez que o senhor veio abastecer, nada lá colocou.
               Dizendo isso, o coronel mandou chamar dois cabras brutos e ordenou-lhes:
               — Acompanhem O Sr. Otávio César até seu comércio e tragam de volta  o que ele levou e não devolveu, que há pessoas honestas precisando. Mas antes não se esqueçam de lhe dar uma bela sova, pro facínoras aprender a não fazer os outros de bobo. E assim se deu!

               Essa é uma das muitas histórias que meu pai, Luís Alves Domingos, me contava. Elas moldaram de forma pedagógica meu caráter. Não me tornei melhor do que devo ser, mas sempre que me encontro em situações que exigem uma conduta ética, me lembro delas e procuro seguir aquilo que elas buscam ensinar.
(Professor Alves)

domingo, 23 de dezembro de 2012

PRECISA-SE DE UM AMIGO



Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
(Vinícius de Moraes)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A FOME, DE RODOLFO TEÓFILO


 (BREVE RESUMO)

A fome é uma das mais contundentes obras de ficção produzidas no século XIX. Narra as mazelas geradas pela famigerada seca de 1877 a 1879, que vitimou aproximadamente quinhentas mil pessoas. Realista por convicção e cientista por profissão, Rodolfo Teófilo não poupou nas tintas e descreveu a história de uma família de retirantes comandada por Manuel de Freitas, rico fazendeiro que vê morrer seu gado e secar seu chão. Não tendo mais nada para fazer, vem para Fortaleza em busca da propalada ajuda do governo.
No caminho presencia todos os males que a seca pode causar: pessoas sendo devoradas por aves de rapina, retirantes atacando comboios de mantimentos, e até uma cena de autofagia presencia. Nela, um homem esfomeado sendo impedido de se alimentar da carne fresca de Carolina, filha de Freitas, come as próprias carnes do braço até cair desfalecido para não mais levantar.
Chegando a Fortaleza, as mazelas começam a desfilar na frente de Freitas de outra maneira. O indivíduo responsável pelos abarracamentos usa de todas as  artimanhas para seduzir garotas, para se aproveitar do sofrimento dos retirantes e realizar seus ímpetos libidinosos. Capitão Freitas precisa de muita fé em Deus e muita coragem para não deixar sua família sucumbir. Felizmente consegue manter sua família a salvo de abutres do sertão e da cidade.
Freitas é apenas uma personagem criada por Rodolfo Teófilo para narrar as imagens reais de uma seca que foi o maior flagelo do século XIX. Todas as cenas chocantes narradas, sejam as do sertão durante a viagem, sejam as da capital, descortinaram-se de fato aos olhos do escritor cearense, nascido na Bahia.
(Por Professor Alves) 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

NATAL DO...






Não me recordo bem o ano, talvez 92-94, quando percebi pela primeira vez a expressão natal do.... Era o natal do videocassete. Era boom do comércio de imagens, todos queriam combinar a tecnologia da televisão com a tecnologia das caixinhas que invadiam as estantes e quase ocuparam o lugar dos livros. Mas os livros são   insubstituíveis.
Depois veio o natal do “cd players”. Os velhos discos de cera, que tiveram seu apogeu entre 1912 a 1964, estavam vingados. Os vinis, algozes daqueles, eram jogados ao canto e substituídos de vez pelos cds.
Mas o comércio e a indústria queriam mais. Precisavam de novos natais. E logo foram premiados e tiveram suas marcas festejadas no natal do DVD. Genial. Os ruídos, outrora imperceptíveis, agora assustavam. “Nossa! como não ouvíamos esses ruídos, que imagens limpas...” As pessoas ávidas pelos novos natais, já aguardavam o próximo. E eles vieram: O natal do celular, o natal da tv de plasma, o natal do notebook. Este possivelmente é o natal do táblete. Ou muitos natais juntos.
E eu aqui me pergunto: e o natal do Senhor? E o natal de Jesus? Quando virá? Já imagino as pessoas desembrulhando presentes, abraçando os pais, o irmão, o namorado, a namorada, o marido, a marida, agradecendo o “smartfhone”, o tablete, o “I-phone”, a tv de 42 polegadas nas quais assistirão ao Salve Jorge, à Copa da Confederações, mas que já não servirá para assistir à Copa de 2014, pois é para isso que haverá o natal da tv 3D, que será 2013.
Ao canto, esquecido, um lindo presépio, comprado numa loja especializada, pois fazer um não tem graça. Nele, um menininho sorridente, numa manjedoura, espera ingenuamente os abraços, que não virão, os parabéns, que não serão cantados, os agradecimentos pelo sacrifício do pai... Talvez no seu meigo sorriso ele queira dizer: “Vejam, estou aqui. Esqueceram, a festa é minha!”. Mas todos estão muito ocupados com seus novos brinquedos para perceberem a presença dele, para notarem seus apelos. Agora são os quitutes de cá, de lá, as bebidas e as brincadeiras com um time a ou time b, o destino das personagens da novela ou a festa do Reveillon. Quando as luzes se apagarem e todos se recolherem aos seus sonhos, de consumo, lá do presepinho comprado, ele ainda dirá com a vozinha cheia de perdão: “Perdoa-lhes, Pai, eles não sabem o que fazem”.
(Professor Alves, 06/12/2012)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Quatro Compromissos


Filosofia Tolteca – Os Quatro Compromissos – Para Uma vida Melhor



Os quatro compromissos são:

1 – SEJA IMPECAVEL COM SUA PALAVRA

Este é o mais importante e também o mais difícil de cumprir. A palavra tem poder. Ela é sua capacidade de expressar e comunicar tudo o que você pensa e sente. Assim ela pode te libertar ou te escravizar, pois tem o poder de criar. Ser impecável é não contrariar sua natureza, assumindo responsabilidade por seus pensamentos e sentimentos e atos, sem julgamentos ou culpas. Usar a palavra na direção da verdade dissolve todo o medo e transforma em alegria e amor, ajudando a criar uma realidade diferente.

2 – NÃO LEVE NADA PARA O LADO PESSOAL

Seja o que aconteça com você, não leve para o lado pessoal. Se alguém fizer um comentário maldoso como: “Você é um estúpido”, sem conhecê-lo, quem o fez não esta falando de você e sim de si mesmo. Se você levar para o lado pessoal, você vai afirmar para si mesmo que é estúpido e até possa pensar assim: “Como ele sabe? Será clarividente ou todos percebem que sou estúpido?”. Se você levar tudo que for dito para o lado pessoal é como se você confirmasse que o que esta sendo dito é verdade e então esta crença passa a fazer parte da sua auto-imagem, e ai pronto, o veneno já esta instalado, o outro jogou e você acolheu. Por isso temos que aprender a filtrar e perceber que o que o outro diz sobre você é a visão que ele tem de si mesmo.

3 – NÃO TIRE CONCLUSÕES

Temos a tendência a tirar conclusões sobre tudo e levamos para o lado pessoal. Acreditamos sempre que a nossa forma de pensar e agir é a correta e assim tiramos nossa conclusões precipitadamente culpando e reagindo, enviando veneno emocional com nossas palavras. Sem perceber fazemos comentários e “fofocamos” sobre nossas conclusões e então transferimos uns com os outros estes venenos por nossa ótica pessoal sobre alguém ou alguma situação. E com certeza o dia que você parar de tirar conclusões sua comunicação será clara e livre dos “achismos” que são os venenos emocionais e todos os seus relacionamentos irão se transformar.

4 – DE SEMPRE O MELHOR DE SI

Neste compromisso colocamos em prática todo outros compromissos. É o que nos coloca em estado de alerta para que “Façamos o melhor”, pois tudo depende de nós. Na maioria das vezes só agimos quando esperamos por uma recompensa, ou então quando se chega no limite de algo e esse é o motivo pelo qual não fazemos o melhor. Devemos prender dizer “não” quando tiver de dizer “não”, e “sim” quando tiver de dizer “sim”. Temos condições de transformar nossos dias em dias melhores, e assumir uma postura mais otimista diante da vida, transcendendo a experiência humana que possui muitos obstáculos e sofrimento, em momentos divinos. Essa é a grande recompensa de dar o nosso melhor, entrar em contato com aquilo que há de mais belo em nosso interior, o melhor de nossas faces, o que há de mais verdadeiro.
Abraço fraterno,
Aline Pastori

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

LEVEZA DO PENSAMENTO

     
        É incrível a força e a leveza do pensamento! Naquele momento eu refletia sobre o meu sucesso e fui aos poucos catapultado a essa reflexão sobre os homens e não sei por que eu chorei. Apesar de ser homem, de apreciar o domínio sobre coisas e até mesmo sobre outros homens, vem-me à boca um amargo por saber que numa sociedade de consumo, numa sociedade de tigres e lobos, o prazer de alguns requer o sacrifício de muitos. Eu subitamente me inquieto e as contradições afloram em meu cérebro e minha alegria é triste e meu brilho é fosco. Eu não sou um ser evoluído, e talvez nunca virei a sê-lo. Nunca serei como Ernesto Guevara, que trocou o conforto de sua família, o colo de sua esposa e o sorriso de suas filhas para se transformar no peregrino da revolução; como Gandhi, que libertou seu povo sem que para isso fosse necessário disparar um tiro; como Francisco, que abandonou uma vida de luxo e de luxúria para se dedicar aos pobres e aos animais; tampouco feito Jesus, que com o seu amor imensurável se doou num ideal de solidariedade a ponto de derramar seu sangue pela humanidade. Também não me arvoro em sê-lo. Tenho primeiramente que continuar minha tarefa aqui, e o tempo se encarregará do resto.
         Em tudo isso eu pensava, quando uma mão leve como uma pluma tocou meu ombro. Não virei o rosto para mirá-lo, era como se eu já o esperasse. Um vulto de pele clara, quase transparente, sentou-se ao meu lado e me disse:
         ─ Chora, pois o choro é o óleo que vem untar nossos olhos para vermos com mais clareza as nossas necessidades e as dos outros e percebermos que a doação é a nossa grande missão, pois, como nós lavamos uma roupa e nos preparamos para uma festa, as lágrimas lavam nossa alma para a festa de novidades que renovarão nossos dias. Os que não choram, permanecem cegos diante do sofrimento seu e alheio, não irão a nenhum baile, no máximo dirigir-se-ão a uma bacanal, onde carregarão mais ainda suas roupas de nódoas, que lhe pesarão sobre os ombros o os vergarão para a terra, numa apoteose decadentista. Por isso chora, não tenhas pejo de fazê-lo, sozinho ou diante de outrem. Não se preocupe com a evolução. Ela é lenta, mas é gratificante e, vidas menos vidas, ela virá.
Dizendo isso, esse espírito de luz sumiu e me deixou só com minhas dúvidas que aos poucos se dissiparam e foram substituídas por uma certeza: viver é um sacrifício que devemos aceitar, não como um fardo, mas como uma tarefa a ser cumprida, e é a sua realização que nos torna feliz. A felicidade é isso é o prazer das coisas cumpridas.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A LIBERTAÇÃO DE SI MESMO E A LIBERTAÇÃO DE OUTREM



(Para mim, no dia do meu aniversário)


          
         Hoje, 09 de outubro. Enquanto o café esfria, burilo no teclado para ver se saem uns versos, um parágrafo, quem dera apenas uma frase, uma frase de efeito que ficasse guardada nem que fosse somente na minha memória. É que hoje faço 47 anos. Já passei e muito da curva de Dante. Para minha sorte não acordei no inferno, mas estou deveras longe do purgatório e a possibilidade do paraíso me é impossível ver com os óculos, quem dirá a olhos nus.  
         Quando se é criança, nutem-se ilusões que se mantêm acesas na adolescência e que aos poucos se vão apagando até que não passam de uma luz tênue no final de um caminho o qual não sabemos definir. É mais ou menos nesse meio do túnel que me encontro. A luz me é tão parca que miro, retiro e torno a colocar os óculos do pensamento para ver seu vulto. É quando sabemos, percebemos que tudo é passageiro, efêmero. Até o trocador e o motorista do trocadilho. Pelo menos as carnes, as matérias, matérias brutas. É quando começamos a ver nos cabelos brancos, na protuberância abdominal, no cansaço involuntário dos pulmões e das batidas cardíacas que a partir desse ponto não  nos resta muito fôlego, como diria Rachel de Queiroz, estamos no meio do oceano e só o que resta é água funda comedeira, água amarga ao qual dia menos dia teremos que sucumbir...
         Lembrei-me agora de uma frase de Gandhi, quando indagado pela esposa a respeito dos resultados da campanha de libertação indiana do julgo inglês, que estava a todo vapor, ele apenas se limitou a dizer: “que libertação, se eu não consegui nem me libertar, como vou libertar milhões." Ela surpresa, exclamou: Mas como! "ainda não me libertei da escravidão de mim mesmo!” Fica então essa frase, já que não consegui produzir nada de mim, fica essa frase para reflexão. É preciso, antes de pensar em libertar o mundo, os semelhantes, libertarmos a nós mesmos para que tenhamos então força e sabedoria para lançarmos a voz ao espaço, aos mil alto-falantes palavras que realmente tenham sentido.
P.S. Só para lembrar, Gandhi se libertou de sua escravidão e só depois pôde libertar a Índia do julgo britânico.
(Professor Alves)