sábado, 26 de maio de 2012

TU




Sou apenas eu
Mero ser sem fantasia
Sem buraco negro
Sem teogonia.

Mas de repente Tu me arrebatas
eu, do mundo dos vivos,
Transcendo ao dos imortais
Sou feliz, amante, Teu, todo Teu.

Mas Tu me me dizes não
E me devolves insano
Sou novamente pobre, reles mortal
Sem Ti não sou nada além de mim mesmo.

Sofro, respiro, rezo
A oração me guia
Me leva a um só caminho
A solidão me pega, me domina.

De súbito estou sóbrio, até rio
Mesmo sendo apenas eu
Mortal sem signo, sem salvação
mesmo sem Ti.

Mas de repente Tu me arrebatas
(Professor Alves, 18/11/11)

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