O
verdadeiro analfabeto político
É
entendido, segue os ditames de Bretch,
─ Eu voto, o voto é minha arma,
Sem
ele as prostitutas se multiplicam,
A
Saúde está morta,
A
Educação não existe,
Meu
povo não tem redenção.
Ou é
ignaro para balbuciar:
─
Voto no candidato da mãe que vai me dar uma dentadura,
Um
copo de cerveja e um prato de feijoada.
Desconhecem
eles, míseros eleitores,
Que o
verdadeiro analfabeto é o que vota,
É o
que coloca a raposa no galinheiro.
A
política é a resina que molda a volúpia por poder.
A
política, unifica todo ser, mais que a morte.
Torna
a todos escravos da ganância,
E
lhes instala no peito o vírus da corrupção,
Que
embota as mentes, antes honestas(?)
Individualiza
interesses coletivos,
E
como uma pandemia se espalha
Escolas,
fábricas, sindicatos, bairros, cidades, países, galáxias.
Não
há política nem politicalha, como queria Rui.
O que
há é a ciência do descaso, da mentira, da usura.
E o
povo?
Torna-se
vítima desses interesses.
E aí
sim surgem mais miseráveis
Que
se multiplicam feito tapurus na carne podre,
Prostitutas
desfilam suas almas enviesadas nas vielas da solidão,
Professores
mal pagos destroem horizontes infantis,
Morre-se,
é irônico, nas filas dos hospitais.
E
quando vem a chuva arrasta consigo destinos
E se
é tempo de seca, sinas são tragadas pela terra.
E os
petistas, tucanos, pefelistas, bispos, verdes, comunistas
Estalam
o açoite nos palacetes da devassidão
Entre
risos, lagostas e uísques.
Enquanto
a turba pede esmolas, educação, saúde.
A
quem de seus votos se fartara,
Tudo
graças ao verdadeiro analfabeto, político.
(Professor Alves)
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