sexta-feira, 28 de abril de 2017

B DE BELA BALA OU BOMBA?




(Sobre um estou que se ouviu na escola)

Deu-se que era um dia normal
Desses que a gente sabe
Que nada vai acontecer de mal
A gente pensa mas não sabe
Pensa que é os dia é tudo igual!

Na verdade era noite não dia
Noite de luz, forte da lua,
Noite bela de atraente alegria,
Noite de beijos e baixos sussurros
Noite de mão que tudo acaricia!

De repente ouviu-se booomm!
Ou terá sido um alto Pê!?
Decerto não fora apenas um pum,
O barulho foi ensurdecedor,
Pareceu mais um forte Tuuum!

Todos correram pra ver o que era
Ninguém se entendia de verdade
Alguém disse “aquele tiro quem dera?”
“Que tiro, que nada foi bomba!”
Outro adiante dissera!

Todos dispersaram naquele dia
A polícia foi chamada às pressas
Logo logo a escola ficou vazia!
Não se chegou a nenhuma conclusão
Só medo nas faces reluzia!

No dia seguinte era grande a discussão
Sobre o que era de fato o barulho
Uns diziam “foi bala, não duvide não!”
Outros diziam “foi bomba caseira!”
Estabeleceu-se pois a reunião!

Professor Luciano, cabra entendido,
Disse: “tiro é seco, assim, pêi”
E fez um jeitinho com o braço estendido
Que pareceu uma donzela em suspiro
Esperando da guerra o marido!

Professor Magno disse: “embaixo eu assino,
Se fosse bomba o som se expandiria
Mas não! Isso foi bala de homem assassino
Foi seco, repetitivo, assim, tá-tá-tá!”
E todo gritaram, “ui seu minino”!

Miguel que tudo isso escutava
Disse, eu de nada sei, juro por Deus
Não sei porque cá não estava
Estava a procurar pela Jarina
Porque comigo se punha brava.

Sthephanny, com sua bela vozinha
Disse, “calma, a coisa não é tão feia assim,
Dizem alguns de forma bem bonitinha
Que não foi bala, o estampido ouvido
Acho que foi bomba, e bomba bem fofinha!”

“Gente, pelo  amor, não foi bala, foi bomba”
Disse a diretora, acabando com a história
“Quem disser o contrário, de mim zomba!
Achamos esse artefato no banheiro
Que mais parece caroço de pitomba.”

Eu, como não estivesse lá no dia,
Fiquei só ouvindo de boca fechada
E pra não acabar com alheia alegria
Fiz a única coisa que aprendi
Fiz para vocês essa humilde poesia!
(Francisco Alves)

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