Hoje me
encontrei em sono
Com o
armário dos meus sonhos de infância!
Quem nunca
os teve não foi criança.
O meu era
azul, da cor do céu
E lá
ficavam,
Entre pratos
de ágata, copos de alumínio,
Meus brinquedos
que nunca tive
A Caloi que
meu pai nunca esqueceu
O ferrorama,
e seu primo o autorama,
Do Fittipaldi,
com suas curvas incríveis
O incrível
Falcon, herói de verdade,
E o
inesquecível Atari, pai de todos os games,
Forte Apache, o boneco Topo Gigio,
Forte Apache, o boneco Topo Gigio,
Além das
bolas de couro, da seleção!
Em outros
compartimentos
Junto das panelas
amassadas,
Caçarolas
enferrujadas,
Tampas já
sem cabo,
Os brinquedos
inesquecíveis que tive:
Meu pião,
cheio de quiladas,
Minhas bilas
cascabulhas,
Meu carrinho
de lata de sardinha,
Com a
rodinha de chinela havaiana.
Aqueles
ficaram no sonho,
Estes eram
minha realidade de brincar
E de sonhar...
E como eu os
amava...
Mas um dia
veio a madureza
E com ela
novos sonhos
Que guardo ainda
nesse armário azul,
Todos juntinhos,
sem distinção
O armário de
que lhes falo
É o imenso
comboio de cordas
Que se chama
coração!
(Professor
Alves, meio melancólico)