domingo, 6 de dezembro de 2020

O BEM QUE VOCÊ PRATICA

 

O BEM QUE VOCÊ PRATICA

(Alves Andrade)


Já nos diz o bom ditado

Pra fazermos sempre o bem,

Com carinho e bom respeito

Sem mesmo olhar a quem,

Caminhando sem despeito,

É feliz quem bem reparte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Não olhe o outro de esguelha

Por causa de ingratidão,

Continue sempre servindo

A todos de coração,

Doando e sempre sorrindo,

Doando com engenho e arte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Dessa forma nos ensina

A grande filosofia

Por Kardek ensinada,

Preenchendo nosso dia

Em bom exemplo espelhada,

Que seu espírito farte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Que sua mão esquerda

Não veja o que a outra faz,

Dessa forma assim terá

Sempre muito muito mais,

Muito a vida sorrirá

Não se fazendo estandarte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Uma lei bem parecida,

A da ação e reação,

Diz que o bem que praticamos

Volta sempre a nossa mão,

E é dessa forma que vamos

Fazer da vida uma arte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte


Para fazer sempre o bem

Não precisa cerimônia,

Sempre que for possível

Da caridade disponha,

Mas faça como invisível,

Qualquer aplauso descarte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Não há porque perguntar

De que posso eu dispor,

Não há ninguém que não possa

Prestar a outro um favor,

Se da cidade ou da roça

Se veste linho ou zuarte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Se o silêncio é uma prece,

O mundo é uma irmandade,

Não precisa ter dinheiro

Pra se fazer caridade.

Pois o bem que é verdadeiro

É esse que se reparte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Não se deixe refletir

Sobre que religião

Neste mundo lhe permite

Fazer uma doação.

Vá ligeiro não exite,

Não só a sobra descarte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Uma palavra amiga

Já é grande doação,

Principalmente se for

Falada de coração,

E se um sorriso ela pôr

A quem ela tu falaste.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Se protegemos o mundo

Isso é grande caridade.

Não sujando nosso chão,

Não poluindo a cidade,

Protegemos nosso irmão,

Defendemos a jubarte.

O bem que você pratica

O defende em toda parte.


Vou fazendo a caridade

De deixar vocês em paz,

Pois sei que já não preciso

Falar nisso e em algo mais,

Pois tendo siso e juízo

Sabemos que é necessário

Fazer sempre a nossa parte.

Porque o bem que praticamos

Nos defende em toda parte.


segunda-feira, 17 de agosto de 2020

COMOÇÃO!

 


Essa semana que passou foi mais uma de grande comoção, como sempre ocorre quando há um crime de latrocínio, principalmente quando familiares da vítima são pessoas esclarecidas, que tocam o trombone nas redes sociais, exigindo atitude por parte da polícia. Para aumentar a comoção desta semana, na quinta feira (13/08/20), uma professora de trinta e cinco anos foi vítima de atropelamento fatal, numa dessas tragédias em que só podemos pedir a Deus consolo para os familiares e amigos, os quais pelas postagens nas redes sociais não eram poucos. Infelizmente, fatos como esses só não ocorrem nas calendas gregas. Mesmo assim, creio que deve e podem ser evitados.

Mas quero abordar, neste texto, o 11º (décimo primeiro) assassinato de motorista de aplicativo, ocorrido nessa semana. Foram onze homicídios covardemente cometidos, somente neste ano (e que ano!🙏). Desde a segunda feira (10), que o chofer estava desaparecido. No dia seguinte, a ocorrência já era destaque nos jornais televisivos. Na quarta-feira, infelizmente seu corpo foi encontrado. Na sexta (14), a polícia apresentou o grupo composto por cinco indivíduos, e ainda havia um desaparecido, capturado em seguida. Você imagina então o tamanho da tragédia: seis indivíduos formam uma quadrilha para assaltar um motorista de aplicativo; o resultado da empresa é um carro desmanchado, cujas peças vão parar na avenida José Bastos, que todo mundo sabe onde fica, inclusive a boa e velha polícia; a venda de um som, talvez o celular da vítima também seja negociado; o resultado desta ação foram alguns reais, os quais não resolverão a vida de ninguém. É mister lembrar que entre os presos havia o comprador do som do carro do rapaz, não quero saber quem é, mas deve ser um receptor contumaz de utensílios roubados neste tipo de ação.

Estava eu pensando em toda essa desgraça que acontece sempre em nossa iluminada cidade, pensando no sofrimento da família, na tristeza dos amigos e na comoção das pessoas nas redes sociais, que lamentavam mais esse acontecido, quando me chega um amigo e diz que, precisando de uma porta para seu Ônix, foi a uma autorizada e se assustou com o preço: 1.200 reais na promoção. Em seguida, abrindo um largo sorriso, disse que comprara uma novinha por 495 reais. “Uma pechincha!” Adivinha onde ele comprou? Exatamente, na avenida José Bastos, numa revenda de “sucata”. Tomara que não ocorra, mas fiquei pensando que ele poderá em breve ser também assaltado e seu carro levado para aquela avenida, ou outro endereço qualquer, onde haja peças e acessórios bem baratinhos. Não estou dizendo que todos os acessórios e/ou peças vendidas ali são de procedências duvidosas. Mas parece-me que um bom número sim.

Onde quero chegar? Calma, já cheguei: Até quando, nós vamos querer levar vantagem em tudo,  querer comprar objetos com preços muito abaixo do mercado, mesmo sabendo que aquele objeto (celular, aparelho de som para carro, porta de automóveis) pode ser fruto de roubo, e que, nessa ação criminosa, pode ter havido uma vítima fatal?

Então é melhor pararmos de nos lamentar, de ficar comovidos quando um fato triste, tal qual o ocorrido com o motorista de aplicativo, aparecer nos noticiários e nas redes sociais. É preciso, pois, colocarmos a mão na consciência e sabermos que enquanto mantivermos o mau hábito de comprar coisas sem uma honesta procedência, estaremos alimentando as ações criminosas em nossa e em outras cidades.

(Alves Andrade, agosto de 2020)

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

O COMEDOR DE SONHOS

O que eu faço com os meus sonhos? - A Mente é Maravilhosa

 “Chico, vai comer livro?”

Era a voz da minha mãe

Ralhando,

chamando pra almoçar

e eu, desapercebido,

olhos fitos nas letras:

“Sim...”

De que se alimenta o poeta,

Senão de sonhos e de ideias e de sentimentos!

Sonhos irreais, memoriais, proféticos;

Ideias filosóficas, sacras, mundanas;

Sentimentos

Niilistas: augustinianos,

Amorosos: vinicianos,

Pungentes: pessoanos.

Qual a essência da poesia

Senão o mundo, o outro, o amor!

O mundo em sua plenitude

Grande, belo, paradoxal;

O outro, bom, mau, imortal;

O amor, divino, humano, universal!

De que se alimenta o poeta?

Minha mãe sabia:

De sonhos, ideias, sentimentos.

(Alves Andrade, agosto,2020)

 


quinta-feira, 30 de julho de 2020

DESVARIO

Ela sentia tanta saudade

Que seu ser

Não suportando mais

Se tresvariou

E  agarrada aos raios luminosos

Que lhe pendiam da cabeça ansiosa

Se arremeteu no infinito

Em busca dos fiapos de nuvens...

Agarrou-se ao primeiro

E foi  ao encontro do seu outro

Seu eu se desfez em miríades sentimentais

E o céu iluminou-se mais, mais e mais!

(Alves Andrade)


CHUVA EM INDEPENDÊNCIA

 

Mais que em qualquer outro lugar,

No Ceará se agradece

Se o tempo é limpo, sem nuvem

E se o sol a terra aquece,

Se se treme à claridade

Ou se ao longe um som estremece.

 

E o povo cabra da peste,

Gente humilde reza a Deus,

Agradecendo por tudo:

Paz, luta, motivos seus,

Olha o céu e diz brigado,

Mas cuidai dos filhos teus.

 

De repente, o céu se muda

E vem grande maravilha!

Se a Asa branca retorna,

Se uni logo a família,

Dando-se graças a Deus,

Ficando de lado a bilha.

 

Caindo os primeiros pingos,

Desde o primeiro momento,

A vida é só alegria,

Não existe mais lamento,

Quando chove no sertão,

Desaparece o tormento.

 

No sertão de Independência,

Ao se ouvir a melodia

D’água batendo lá fora,

É bem grande a euforia,

Pois logo a vida se alegra

É bem grande a alegria.

 

Busca-se logo notícia,

Se choveu em todo canto,

Se não foi chuva isolada,

Preocupa-se logo, entanto,

Saber se foi chuva boa

Chuva de charco e encanto.

 

As notícias logo correm:

“Tem açude já sangrando,

As lavouras dando milho,

Gente, bicho se banhando,

É muita bênção de Deus

Que nós estamos ganhando.

 

“Jaburu já tem é água,

Em breve já vai sangrar;

Lá no açude do Eliardo,

Dá até pra se banhar;

O Falcão é um absurdo

É muita água a transbordar!

 

“A Pedra Lisa tá bonita,

As águas muita a correr,

A gente vai tirar self

E alguns já querem beber,

Mas é preciso cuidado

Pro de bom acontecer.

 

“O Açude do seu França,

Da dona Rita Também,

E aquele do seu Honório,

Daqui um pouco mais além,

Tá tudo cheim de peixe!

Que alegria a gente tem!”

 

O Açude Barra Velha

Falta ainda transbordar,

Mas é só questão de tempo

Pro gigante desaguar.

E quando isso acontecer,

Todo mundo vai cantar.

 

De Brasília até São Paulo,

Vai ter gente a despertar,

Amantes daquela terra

Passagem logo a comprar:

“Vou passar Semana Santa

No meu torrão, meu lugar”

 

Vem do Pará e dos Estêites,

Maranhão e Piauí,

Vem até do Juazeiro,

Vem gente do Icaraí

Gente de todo canto,

De canto longe daqui.

 

E é na Semana Santa

Que vai ser grande a biqueira,

Bebida de todo jeito,

Carne a assar na madeira,

Muita reza e alegria,

Festa, riso e brincadeira.

 

É sempre assim que acontece

No Nordeste brasileiro,

Mas puxo brasa à sardinha

Do torrão hospitaleiro,

Independência que amamos

Com querer bem verdadeiro.

(Alves Andrade, março de 2020)


FLAMENGO, RAÇA AMOR E PAIXÃO


(A história de 2019, por Alves Andrade)

 

PARTE I

CHACINA SEM SANGUE NO RIO

 

Cidade de belos pontos,

Cantada em versos e prosas,

Diz-se muito violenta,

Mas de plagas bem formosas,

É o  que melhor define

A cidade maravilhosa.

 

Ocorreram muitos casos

De horror e iniquidade,

Mas também coisas felizes

Se deram nesta cidade,

Coisas de fazer sorrir

Velha guarda e  mocidade.

 

Porém nunca houve um caso

Como o visto na semana,

Uma chacina sem sangue

Que deixou  a gente insana,

Foi uma chuva de gol

Nos gaúchos da savana.

 

O fato foi o seguinte,

Vou narrar para vocês,

E pra gente que não quer

Lembrar-se mais uma vez,

Como foi o tal massacre

Mais pungente que se fez.

 

O Flamengo,  Urubu,

Contra o Grêmio, Mosqueteiro,

Peleando no Maraca,

Parando  o país inteiro,

Por u’a vaga na final,

Pra tentar ser o primeiro.

 

Flamengo tem Gabigol,

Grêmio tem o Cebolinha,

Grêmio vinha com Cortez,

Mengo tinha era o Rafinha,

Grêmio escalou André,

Mengo, toda sua linha.

 

“É jogo pra mais de metro”

O mineiro assim falou,

“Ô que joguim véi paidégua!” –

O cearense confirmou –

“Vô assistir é na rede”,

O baiano então deitou.

 

Dessa forma começou

O grande jogo do ano,

O Flamengo defendendo,

O mosqueteiro atacando,

O Urubu se protegendo,

O Cebolinha assustando.

 

Mas pouco logo depois,

Flamengo as cartas deu,

Três ataques perigosos

Paulo Vítor defendeu,

Mas no quarto, Bruno Henrique,

Pro fundo da rede meteu.

 

Primeiro tempo findou.

Torcida a unha roía.

Início do outro tempo,

Gabigol o gol fazia.

Quatro minutos depois,

Casa de novo caía.

 

A partir daquele instante,

Sem forças o Moqueteiro,

O Urubu deitou e rolou

Roeu-lhe os ossos inteiro,

Fez o quarto Pablo Mari,

Rodrigo Caio o derradeiro.

 

O Grêmio saiu de campo

Com Renato enfurecido,

A magnética então cantava,

Todo povo ensandecido,

E todos lembrando sempre

Zico o herói inesquecido.

 

Que venha River, o Galo,

Representante da Argentina

Que Flamengo, O Urubu,

Vai comê-lo na neblina

Em Santiago do Chile,

Na cidade Valdivina!

  

PARTE II

TENSÃO, INFARTO E EMOÇÃO

 

Chegou então o grande dia,

Dia da grande final.

O jogo não foi no Chile,

Mas do Peru capital,

Estava super lotado

O estádio Monumental.

 

Era a Libertadores

Que em campo decidia,

Havia trinta oito anos,

Que o Flamengo não vencia,

“Era preciso oração”,

O torcedor assim dizia.

 

Para ver o grande jogo,

O Brasil inteiro parou,

Para ver o grande espetáculo,

A tevê a nação ligou,

Mas a grande maioria

Queria era gritar gol.

 

A partida era bem tensa,

Bicudo e bola pro mato,

Não tinha pra brincadeira,

Era jogo de campeonato,

Os times River e Flamengo

Jogando bola de fato.

 

Mas a equipe do River

Tomou foi conta da bola,

Aos quinze de bola em jogo,

A nossa zaga se enrola,

Borré sem ter nada com isso

Para o gol a esfera rola.

 

O River jogando bola,

Mengo jogando ruim,

A zaga sem se encontrar,

Perigo de gol sem fim.

Começa o segundo tempo,

E segue a partida assim.


As torcidas antimengo

Zombavam de nossa dor,

Viam nosso sofrimento

E mostravam o secador,

A torcida do Flamengo

Via tudo com torpor.

 

O Urubu melhorou,

Jogou um pouco melhor,

Mas o gol não acertava,

Mas podia ser pior,

O Galo contra atacava.

Corria em bica o suor.

 

Quando olhei para o relógio,

Quis logo desanimar,

Já estava perto do fim

E de gol eu sem gritar,

Gabigol tava apagado,

Fui com o filho comentar.

 

Mas quem torce pro Flamengo

Não consegue desistir,

Está sempre com esperança,

Sabe que é difícil rir,

Sabe que é preciso chuva

Pra que o sol possa surgir.

 

Então, já quase sem unhas,

Vi Arrasca passar a bola,

Com a leveza vulturina,

Gabigol pra dentro rola,

O abutre preso ao chão,

Finalmente se descola.

 

Mas era o final do jogo,

Quase na prorrogação,

Flamengo muito cansado,

Teste para o coração,

A tensão só aumentava,

Levava-se ao rosto a mão.

 

Porém quem tem Gabriel,

Sabe que pode sorrir,

Mesmo sem ter muito tempo,

Sabe que vai decidir,

Pois num pestanejar de olhos,

A nação pode explodir.


E foi desse mesmo jeito,

Foi assim que aconteceu,

Já quase dentro da área,

Ele a bola recebeu,

E com a força do urubu

Pra virar o jogo bateu.

 

A torcida enlouquecida,

Se esbaldava de alegria,

Não conseguia deter,

Tanto amor e euforia

Já quem secava, coitado,

Chorava de nostalgia.

 

Na capital Fortaleza,

Homem morre de emoção!

Na capital Cuiabá,

Vendo mengo campeão,

Outro torcedor infartou,

Morreu, pois, do coração.

 

O Flamengo fechou o ano

Sendo o maior campeão,

Dentre os sulamericanos,

Não houve maior emoção

Que a plenos pulmões gritar:

“MENGO, RAÇA, AMOR E PAIXÃO”.

 

FIM (que venha 2020)


quarta-feira, 22 de julho de 2020

QUEM SÃO OS VERDADEIROS APOIADORES DE JAIR BOLSONARO




Analisando imagens de pessoas que participam de protestos a favor do presidente, não vi ninguém que conheço pessoalmente, ninguém do meu círculo de amizade, nenhum aluno ou ex-aluno, nenhum amigo professor! Por que será?
A resposta é simples. Não sou militar (detesto armas). Sou professor, não ando em carro importado, não vou aos EUA ou à Europa todo ano, não moro em áreas nobres de Fortaleza,  como Beira Mar,  Cocó, Meireles, Alphaville, ou coisa que os valha. Mas essas características estão registradas nos rostos e atitudes daqueles verdadeiros apoiadores do presidente do Brasil, que se reúnem principalmente na Praça Portugal, quartel general da burguesia fortalezense.
Digo “dos verdadeiros  apoiadores” porque aquela gente que não faz parte do supracitado grupo foi iludido e pensa que apoia Jair Bolsonaro. Um estudante da escola pública, um professor, um indivíduo que precisa da assistência social, um morador da desassistida periferia daqui e do resto do país, mas que defendem em suas redes sociais o atual presidente na verdade não passa de um iludido que pensa está fazendo história no país, ou não pensa. Possivelmente achava que teria direito a uma arma para “se defender”, que se tornaria um empreendedor com o fim da CLT, que veria o fim da corrupção no país, que teria a redução da violência na sua rua. Não conhece o significado da palavra milícia ou seu derivado miliciano, assim como desconhece pra que serve o FUNDEB, não entende por que a polícia age de forma tão ostensiva na periferia, não conhece o motivo pelo qual a violência contra negros, índios e mulheres aumentou tanto em 2019 e 2020. Não sabe o porquê da necessidade da manutenção da floresta amazônica, das reservas indígenas, ou mesmo aqui das dunas do Parque Municipal da Sabiaguaba ou do Parque do Cocó. Talvez não compreenda por que a Fortaleza burguesa cresce tanto para os lados do Eusébio e a Fortaleza pobre crese para as bandas do Jangurussu até a Barra do Ceará.
A partir do momento em que essa consciência despontar, os apoiadores de Jair Bolsonaro resumir-se-ão àqueles empresários que querem reduzir direitos dos trabalhadores, para se locupletarem mais ainda; às socialaites que se incomodam com filho de pobre estudando em universidades ou com o motorista indo a Miami; aos militares que estão muito felizes com os aumentos de salários concedidos pelo pseudo capitão, assim como a manutenção de prerrogativas na hora de aposentarem-se com cinquenta anos; aos empresários da área de educação que se encontram exultantes com a perspectiva de sucateamento da Escola Pública, o que levará os filhos da classe média para suas salas de aula, cada vez mais superlotadas; a todos aqueles que, de certa forma, se comprazem com um governo homofóbico, ginófobo e machista, americanizado (na pior acepção) e genocida!
(Professor Alves Andrade, Julho de 2020)