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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

REDONDILHAS DE NATAL E ANO NOVO EM FAMÍLIA


Mais uma vez é natal,
Festejemos o ano bom,
(Que seja comercial!)
Digamos, pois, em bom tom.

Digamos Feliz Natal,
E de todo coração
Pra os que são presencial,
Para todos que não o são.

Digamos de  coração,
Pois só assim Deus consente,
Comecemos a desejação
Aos que estão aqui presentes:

Desejemos bom natal
E um ano divino, pleno,
De conquista, assim,  geral
Primeiro pra Eva e Gileno.

Digamos, pois,  “Merry Christmas”
E um ano Bom genial,
“In new house and many kids”
Para Anísia e Pascoal.

Digamos Feliz Natal
E um ano assaz cristalino
De saúde e nenhum mal
Pra vovó e seu Gonçalino.

Digamos “Joyeux Noël”
E um ano que muito apraza
Com bênçãos vindas do Céu
Para o casal: Marco e Brasa.   

Peçamos Feliz Natal,
A deus, um ano fino, grácil
De união plena total,
Pra Elieuda e Bonifácio.

“Decid Feliz Navidad”
E um ano de muito amor,
Para Alice, “mucha felicidad”,
E pr’ este bardo amador.

Digamos Bom Natal
E um ano só de bonanças,
De diversão animal,
Para todas as crianças:

Victor, Juju, e para o Yan,
Que Deus muito os abençoe,
Isabelle e o niño  Juan,
Que os pecaditos perdoe.

Pra o que cá não viera
Bom Natal e Ano vindouro:
Vanessinha, Yuri e Vera,
 Que Deus os cubra de louro.

Pra outras crianças também
Feliz Natal e Ano Bom
Que os anjos digam amém
Que o façam em alto e bom som.

Não esqueçamos, então,
De dizer Feliz Natal
Para os que vivem em vão,
U’a vida triste ilegal.

Não, porém, para os políticos
Que nos roubam amiúde,
Deixando os niños raquíticos
E os adultos sem saúde.

Pr’eles não queiramos  mal,
Mas grã castigo de Deus:
O povo caia na real
E não lhes dê os votos seus.

                (Professor Alves, 23/12/2007)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

QUASE


Sarah Westphal

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas, resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

domingo, 21 de novembro de 2010

O VALOR DE UM SORRISO

        Um sorriso não custa nada  e rende muito. Enriquece quem o recebe e não empobrece quem o dá. dura apenas um instante, mas sua recordação é eterna. 
        Ninguém é tão rico que o possa dispensar, ninguém é tão pobre que não o possa dar. Cria felicidade no lar e sustento no trabalho.
        Sinal de amizade profunda, o sorriso representa consolo na tristeza e alívio na angústia; coragem no desânimo, repouso no cansaço. 
          O sorriso é um bem que não se compra, nem se empresta porque o valor só percebe que o recebe de graça.
          Mas se por acaso encontrares alguém que recusa um esperado sorriso, sê generoso em dar-lhe o  teu, pois ninguém necessita tanto  como aquele que não sabe sorrir.
                 
                              (Colaboração de Dona Alderiza, mãe de Antônia Gislânia, aluna do 9° ano B)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FRASES DE CHÊ



8 de outubro é dia de se refletir sobre ser revolucionário. Nesse dia em 1969, Ernesto Guevara, o Chê, foi preso, para ser executado na manhã do dia seguinte,  a mando dos Estados Unidos da América. Abaixo algumas de seus célebres ensinamentos.

Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.

Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar.

Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética.

Derrota após derrota até a vitória final.

Acima de tudo procurem sentir no mais profundo de vocês qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. É a mais bela qualidade de um revolucionário.

O revolucionário deve sempre ser integral. Ele deverá trabalhar todas as horas, todos os minutos de sua vida, com um interesse sempre renovado e sempre crescente. Esta é uma qualidade fundamental.

As tantas rosas que os poderosos matem nunca conseguirão deter a primavera.

Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

E AGORA ZEZINHO



E AGORA, ZEZINHO
(homenagem ao músico
que enchia de ternura a solidão
dos outros)

Há um violão nun canto
esperando seu lento dedilhar
sem som, perdido no quarto escuro
as cordas mudas,
esticando-se na ânsia de um acorde

Há uma música no ar
que sonha com a tua voz
que quer ser tua alegria
que te acompanhou
por todos esses dias
Música, violão e voz
quanta falta é que nos farão
tua voz serena
teus dedos longos e aventureiros
buscando sons, melopeias
na solidão alheia.

Há mulheres, amigo,
solteiras, viúvas, órfãs
dos teus amores e de tuas risadas
Porque as deixaste
agora são indignas de compreensão
o abandono não se explica

Há amigos e até distantes
que nada entendem de vida
que nada entendem de morte
são vultos a se espelharem em ti
nesses olhos tristes, viajeiros,
caminhantes de um passado
andarilhos das noites vis.

Há dias distantes e agorais
dias plenos de tua pessoa
mas não há dias futuros
não te ouvirão
nada saberão de ti jamais
o vinho da festa já se foi

Só tua lembrança é que há
teus passos lentos
tua voz amiga
nem alegre nem triste
mas amiga de quem sequer te conheceu.

Não existes mais, Zezinho,
não entre nós
só o espírito renascente
esperando a hora de voltar
aqui só restou a solidão
a um canto triste de um violão.
(Professor alves, 01/10/2010)

domingo, 12 de setembro de 2010

FRASES DE EXUPERY


Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.


Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.

Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.

A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar...

Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante"

O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo.

Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.

Antoine Saint Exupery, in o Pequeno Príncipe

domingo, 29 de agosto de 2010

PEQUENA CRÔNICA

  Depois de ver o vídeo do último gol de Pelé, promovido por uma empresa de telefonia celular, fiquei tão comovido que resolvi fazer uma crônica da altura dessas imagens. Pensei comigo mesmo que era minha obrigação realizar algo tão magnífico quanto aquele gol e/ou quanto aquele filme. Não sou jogador, nem cineasta. Tampouco tenho dinheiro para custear algo silmilar. Precisaria então fazer algo que estou acostumado a fazer: textos. Pelo menos um. Uma crônica.
Foi por isso que saí de casa em busca de algo. Caderno debaixo do braço e olho ativo. Vislumbrei então um vendedor de colchões. Interessante! Uma porção deles amontoados, feito pilhas, uma senhora examinando-os. Pensei em sono, mulheres, mendigos. Depois avistei um homem dormindo no chão. Um homem não, um bêbado. Roncava, e suas mãos crispadas me deram certo medo. Mas ele estava vivo, pois seu ventre baixava e subia impelidos pela respiração ou pelo ronco. Uma árvore frondosa era seu domicílio. Mas não era ainda assunto para uma crônica. Era?
Já estava desitindo, quando chegou-me um amigo, sentou-se e vendo o caderno em branco nas minhas mãos, exclamou:
¬ Vejo que vais fazer uma bela crônica desse contraste. ¬ e reafirmou ¬ Um homem dormindo no chão e uma porção de colchões ao seu redor!
Estava ao meu alcance uma cena perfeita para uma crônica, mas eu não vira. O contraste era muito claro para eu vislumbrar, ou a minha vista é tão curta para eu enxergar. Alguém que vê tão pouco não merece a grandeza que se lhe avizinha. Se Pelé fez tantos gols, inclusive o que ele não fez, é porque via além dos próprios olhos. Chico Buarque, que fez tantas maravilhas em forma de poesia e canção, disse que “O poeta como os cegos podem ver na escuridão”. Meu amigo Marley não é cego, portanto é poeta, pois enxergou na minha escuridão.
Fiz então essa crônica, que lhes dou agora, mas sem nenhma pretensão, pois sei que é uma crônica pequena, bem menor que os gols de Pelé, ínfima ante a poesia de Chico e menor ainda que a visão de meu amigo Marley.
(Professor Alves, 29/08/2010)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PAI NOSSO MEDITADO




Pai Nosso meditado



Autor: desconhecido 
CRISTÃO: Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Sim? Estou aqui.
CRISTÃO: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!
CRISTÃO: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando. Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Aí, você chamou de novo.
CRISTÃO: Fiz o que?
DEUS: Me chamou. Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que Posso ajudá-lo?
CRISTÃO: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo...
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?
CRISTÃO: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas, prossiga sua oração.
CRISTÃO: Santificado seja o Vosso nome...
DEUS: Espere aí! O que você quer dizer com isso?
CRISTÃO: Quero dizer... quer dizer, é... sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.
CRISTÃO: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra
SANTIFICADO ... "Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu..."
DEUS: Está falando sério?
CRISTÃO: Claro! Porque não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?
CRISTÃO: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?
CRISTÃO: Bem, eu freqüento a igreja!
DEUS: Não foi isso que Eu perguntei. Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá à televisão, as propagandas que você corre atrás, e o pouco tempo que você dedica à Mim?
CRISTÃO: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
CRISTÃO: Está certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente peço saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
DEUS: Óptimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.
CRISTÃO: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração esta demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: "o pão nosso de cada dia nos daí hoje..."
DEUS: Pare aí! Você está me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!
CRISTÃO: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
DEUS: E o seu irmão desprezado?
CRISTÃO: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?
CRISTÃO: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.
CRISTÃO: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei
CRISTÃO: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!
CRISTÃO: Mais uma vez está certo! Mais do que quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem; eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.
DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você como está se sentindo?
CRISTÃO: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga...
CRISTÃO: "E não deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal..."
DEUS: Óptimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.
CRISTÃO: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!
CRISTÃO: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre me pedir socorro.
CRISTÃO: Puxa, como estou envergonhado!
DEUS: Você me pede ajuda, mas logo em seguida volta a errar de novo, para mais uma vez vir fazer negócios comigo!
CRISTÃO: Estou com muita vergonha, perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdoo! Sempre perdoo a quem está disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.
CRISTÃO: Terminar? Há, sim, "Amém!"
DEUS: O que quer dizer amém?
CRISTÃO: Não sei. É o final da oração.
DEUS: Você só deve dizer amém quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque AMÉM! Quer dizer: assim seja, concordo com tudo que orei.
CRISTÃO: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, quer ser livre do pecado. Abençoo-te e fica com minha paz!
CRISTÃO: Obrigado, Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

MEMÓRIA

Nossa memória é interessante. 
Há coisas que nos aconteceram há apenas uma semana, mas delas não nos lembramos. 
Outras aconteceram quando ainda éramos pequenos, entretanto lembram-nos como se tivessem acontecido há pouco. 
Outras nem aconteceram, nossa memória, porém, forja uma ilusão de lembranças. E cremos nelas tanto que com elas completamos algumas lacunas da nossa existência.

E há pessoas as quais nossa memória lembra-nos de sua existência, desde o momento em que a vemos pela primeira vez, a todo instante e tão amiúde que não conseguimos respirar sem delas lembrar.
                (04/05/2010) 

segunda-feira, 31 de maio de 2010

AS BALEIAS

http://www.youtube.com/watch?v=Fn9lIHw0_7Q

Aprendendo a Viver com Clau




No ritmo das cores
No bailar das flores
No florescer dos amores
No colorir dos sentimentos
A vida se transforma
Toma forma
Se transporta
Embriaga
Nos concede
O direito à liberdade
Alegrias
Felicidades
Nos ensina a viver
Sonhos ter
Viver a emoção
Agir com a razão
Pra vida sorrir
Amar
Com todas as forças
De todas as formas
Que o coração
Nos permitir

Claudete Silveira
maio/2010

sábado, 24 de abril de 2010

POLIANA



Quando Poliana chegou à casa da tia, surpreendeu Nanci e ao leitor por não reclamar de nada. Se a cama tinha uma mola solta, ela disse: "Que bom, minha cama já vem com massageador!" A janela não tinha cortinas: "Com uma paisagem dessas, quem precisa de cortinas!" No guarda roupa não havia espelho: "Que legal, assim não vejo minhas sardas!" Nanci então começou a imaginar "que menina estranha aquela!"  Até que um dia Poliana contou para Nanci seu segredo:

O JOGO


"No dia seguinte, ao ver Poliana alegre como um passarinho, Nanci não aguentou de curiosidade:
-Você é sempre assim?
-Assim como?
-Tão contente.
-Desde que aprendi o jogo, nunca mais fiquei triste.
-De que jogo você está falando?
-Do jogo do contente.Como é esse jogo?
-É ver sempre o lado bom de tudo que nos acontece.
-Quem te ensinou?
-Foi meu pai. Tudo começou quando eu fui receber um presente de natal. Os padres distribuíam presentes para as crianças pobres. eu peguei o meu pacote e fui pra casa. eu queria muito ganhar uma boneca, eu sonhava com uma boneca. Mas quando abri a caixa, quase morri de tristeza. Em vez de uma boneca, eu tinha ganhado um par de muletas. 
- Um par de muletas? que horror!
- Foi isso mesmo que eu pensei, um horror. Comecei a chorar, desesperada. Então meu pai me acalmou e disse que em vez de ficar triste com as muletas, eu devia ficar feliz por não precisar usá-las. Ele estava certo. Que felicidade maior do que não precisar usar muletas? No mesmo instante eu parei de chorar e saí pulando pela casa. É assim que funciona o jogo do contente."  

É assim que devemos jogar com a vida, ver sempre o lado bom das coisas que nos acontecem e que não são o que esperamos, e não vermos o lado ruim das coisas boas, como algumas pessoas fazem, parece-nos, com o prazer da infelicidade. Bela lição essa de Poliana. Acho que essa menininha deveria formar uma escola para adulto, juntamente com o principezinho, aquele lá do planeta X não dei das quantas. 

                                     

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O POVO X IRONIA

O Povo


Não posso deixar de concordar com tudo que dizem do povo. É uma posição impopular, eu sei, mas o que fazer? É a hora da verdade. O povo que me perdoe, mas ele merece tudo o que se tem dito dele. E muito mais. 

As opiniões recentemente emitidas sobre ao povo até agora foram tolerantes. Disseram, por exemplo, que o povo se comporta mal em grenais. Disseram que o povo é corrupto. Por um natural escrúpulo, não quiseram ir mais longe. Pois eu não tenho escrúpulo. 

O povo se comporta mal em toda parte, não apenas no futebol. O povo tem péssimas maneiras. O povo se veste mal. Não raro, cheira mal também. O povo faz xixi e cocô em escala industrial. Se não houvesse povo, não teríamos o problema ecológico. O povo não sabe comer. O povo tem um gosto deplorável. O povo é insensível. O povo é vulgar. 

A chamada explosão demográfica é culpa exclusivamente do povo. O povo se reproduz numa proporção verdadeiramente suicida. O povo é promíscuo e sem-vergonha. A superpopulação nos grandes centros se deve ao povo. As lamentáveis favelas que tanto prejudicam nossa paisagem urbana foram inventadas pelo povo, que as mantém contra os preceitos da higiene e da estética. 

Responda, sem meias palavras: haveria os problemas de trânsito se não fosse pelo povo? O povo é um estorvo. 

É notória a incapacidade política do povo. O povo não sabe votar. Quando vota, invariavelmente vota em candidatos populares que, justamente por agradarem ao povo, não podem ser boa coisa. 
O povo é pouco saudável. Há, sabidamente, 95 por cento mais cáries dentáries entre o povo. O índice de morte por má nutrição entre o povo é assustador. O povo não se cuida. Estão sempre sendo atropelados. Isto quando não se matam entre si. O banditismo campeia entre o povo. O povo é ladrão. O povo é viciado. O povo é doido. O povo é imprevisível. O povo é um perigo. 

O povo não tem a mínima cultura. Muitos nem sabem ler ou escrever. O povo não viaja, não se interessa por boa música ou literatura, não vai a museus. O povo não gosta de trabalho criativo, prefere empregos ignóbeis e aviltantes. Isto quando trabalha, pois há os que preferem o ócio contemplativo, embaixo de pontes. Se não fosse o povo nossa economia funcionaria como uma máquina. Todo mundo seria mais feliz sem o povo. O povo é deprimente. O povo deveria ser eliminado. 

Luis Fernando Veríssimo 

Há muito tempo conheço esse texto, e ele sempre me pareceu normal, normal, normal (como diria Jessier Quirino). Nessa semana, procurando-o na internet, encontrei-o em alguns blogs. Há muitos comentários a seu respeito. Em todos eles, o autor, Veríssimo, é defenestrado, em alguns casos até menoscabado, pela sua suposta visão de povo. Quem não conhece o autor, pela obra é claro, lendo esse texto e não parar para fazer análise da figura de linguagem denominada IRONIA, com certeza vai ter atitude semelhante à daqueles que fizeram os comentários supracitados. é preciso que vejamos nele a ideia, não do autor, mas a da elite encarnada nele. Como o poeta é capaz de se travestir, de se multiplicar a si mesmo(desculpem a redundância), Veríssimo trai o seu nome (verdadeiro ao extremo) para fazer o mesmo.  Essa é a visão que a elite tem do povo, das massas, para ela o causador de todos os males sociais é o povo. Quando Veríssimo enfatiza isso, surge então toda sua ironia de deboche contra a burguesia, que fede, mas que tem dinheiro pra comprar perfume.   

SE ALGUÉM LER ESTA POSTAGEM, DEIXE UM COMENTÁRIO!!!    

sexta-feira, 9 de abril de 2010

FALECEU ONTEM QUEM ESTAVA ATRAPALHANDO SUA VIDA..




Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:
"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.
A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".

                                                                                                            (domínio público)

terça-feira, 23 de março de 2010

NOVAS CENAS, VELHAS IMAGENS

Até hoje não entendi por que a televisão gasta tanto dinheiro na produção de notícias sobre determinados eventos. O carnaval, por exemplo, era bastante que ela, a imprensa, reeditasse imagens de outros carnavais, pois as bundas são mesmas, os peitos também, embora um pouco mais caídos. Até o número de mortos e feridos é o mesmo.

Se não vejamos! Você está em casa, terça-feira de carnaval e liga a tevê e lá está o repórter, ou a repórter em meios a um monte de gente suja de goma, gritando feito índio, certo de que estão se divertindo. Do outro lado, na serra, está outro monte, desfilando roupas finas, ouvindo jazz, blues, tentando se convencer e também aos outros de que estão adorando, pois são "chics". Precisa filmar a mesma coisa todo ano? Pelo amor de Deus!! Não seria mais prático e muito mais barato apenas reeditar as imagens?

Certas estão as emissoras de rádio locais, que não mandam mais ninguém aos campos de futebol, aproveitam-se das imagens das tevês a cabo. E fazem o maior sucesso de audiência.

E o que dizer das eleições! As histórias são sempre as mesmas: candidatos a prefeito ou a governador, sem falar nos presidenciáveis, repetindo as mesmas promessas. Se estão tentando a reeleição, prometem fazer o que não fizeram ainda. Se tentam pela primeira vez, criticam os que lá estão, e prometem o que nunca farão, até hoje não sei onde eles conseguem ser tão imaginativos, e/ou cínicos. E ainda há um monte de gente besta, entre eles muitos funcionários públicos, candidatos a vereador, que lá estão, possivelmente tentando um lugar em algum circo, ou apenas para pegar a licença do período. Enquanto isso os candidatos a cargos executivos e as candidatas distribuem risos falsos e tapinhas nas costas, sonhando já com o montante de dinheiro que desviarão para as suas contas. Seria tão fácil apenas reeditar as palhaçadas do período eleitoral anterior, pois até os nomes são os mesmos.

Essas histórias das mesmas cenas não dispensam nem a, antes SANTA, semana. Vejam as cenas deste ano e compare com a dos anos anteriores. Até mesmo as notícias são as mesmas, do tipo, "o peixe está mais caro que no ano passado, donas de casa pesquisam para tentar comprar o pescado mais barato; as fábricas de chocolate estão oferecendo grande variedade de chocolate", sério!? E depois, "O feriado da Semana Santa foi mais violento do que o período carnavalesco".
Vale a pena ouvir as mesmas coisas todo ano? Eu, hem!

(Professor Alves Andrade)

DIGNIDADE


REFLEXÕES SOBRE DIGNIDADE
Quando nascemos, Deus nos dá algo tão valioso como uma barra de ouro: nossa dignidade. Ela é nossa riqueza espiritual e individual, com a qual, se soubermos utilizá-la, conseguiremos todas as riquezas materiais. Claro que não precisamos de tanta, pois corremos o risco de perder o mais importante.

O mais importante para qualquer ser humano é a dignidade, sem ela não temos força moral para conquistar nossos objetivos. Se não a mantivermos íntegra, com o tempo, ela se tornará em algo semelhante a uma barra de ferro, que não vale 0,5 centavos de real.

Mas como perdemos nossa dignidade? Perguntam uns. Outros responderão de pronto: “quem trabalha colhendo lixo para sobreviver, não tem dignidade”. Ledo engano. Conheço muitas pessoas que trabalham no lixão dia após dia, mas cuja dignidade está inalterada. Apesar da condição sub-humana em que labutam, erguem a cabeça para qualquer um sem vergonha do que fazem, pois compram com seu trabalho o pouco que têm. Numa matéria sobre essas pessoas exibida por uma emissora de tevê, pessoas após esse rude trabalho, continuavam felizes, criando filhos felizes, pois são dignos da felicidade, possuem dignidade.

Perdemos nossa dignidade quando, pouco a pouco vamos nos expondo a situações constrangedoras. Na escola, quando somos chamados à atenção, na rua quando faltamos com desrespeito com pessoas mais velhas, no trabalho, quando não cumprimos com nossos deveres. Aos poucos vamos nos tornando cínicos, pois já não temos amor próprio. Nossa barra de ouro vai se gastando e o ferro do nosso caráter vai aparecendo, até o dia em que não valemos 0,5 centavos de real.

O pior é que há pessoas cuja dignidade se mantém inalterada até certa idade, algumas até à velhice. Súbito, sucumbem a tentações várias e perdem seu tesouro maior. Aparecem na frente das câmaras ou dos amigos de cabeça baixa, com a boca amarga pelo gosto do fel que elas mesmas criaram. Eu já conheci pessoas nessa situação, coitadas, não sabem o que de fato perderam. Mas agora é tarde.

Portanto não deixemos que nossa barra de ouro se transforme em algo sem valor, como um carro invejado, cujo destino, se não cuidarmos, será ferro velho.
PROFESSOR ALVES, 25 DE NOVEMBRO

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

JOÃO HÉLIO NÃO MORREU




(Por Professor Alves, 23/02/2010)

João Hélio não morreu
o sol é para sempre
ele continua vivo mais do que nunca
antes ele só era conhecido dos familiares
ele só era amado pelos seus
hoje ele tem o amor de uma nação
seu nome ecoa silenciosamente
pelos quatro cantos desse imenso país

João Hélio não morreu
o brilho que há nele ilumina toda a terra
cada lar sente benfazejo a luz de seu olhar
ninguém faça alarde para não acordá-lo
de um sono que o leva pra junto de Deus
aqui na terra como no céu ele continua vivo
em todos nós, em cada olhar de  criança.

João Hélio não morreu
ele está no meio de nós,  multiplicou-se
em milhares de Joões Hélios
é nome de praça será nome de filhos
será nome de ruas
é assim que se encontra a imortalidade
quando se  imola para redimir um país.

Não, João Hélio não morreu
ele brinca de ser pingente
descendo calmamente sem pejo
escorregando pela face da gente
e como trapezista passeia
de lado a lado na consciência das autoridades
que não querem que ele viva.

Mas João Hélio, Senhores,
continua  e lhes diz, abusado:
“olhem em volta e vejam o país que estão destruindo!
quantos sóis serão necessários para que criem vergonha na cara,
para que deixem de brincar de pessoas sérias!”
ele caminha de mãos dadas com os pais
por entre letras dos jornais, revistas e páginas da internet
em busca de mudança,em busca de solução.

João Hélio está vivo e viverá eternamente
deixemos, pois, que ele, cansado de chacoalhar,
de brincar, de zombar dos donos do país
descanse em paz para de quando em vez
despertar dos braços de Morfeu
e sorrateiramente nos acordar
com olhar brincalhão
pois João Hélio não morreu!
            (Poema composto em 10/02/2007)
          

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Frases de grandes homens

"É incrível a força que as coisas parecem ter quando precisam acontecer." (Caetano Veloso)






















"Os poetas como os cegos podem ver na escuridão" (Chico Buarque)


"Quanto mais conheço os homens, mais admiro as mulheres." (Alguém muito inteligente)






"Quando uma mulher quer ir para a cama com um homem, não existem barreiras que ela não destrua, não existem tabus que ela não quebre, não existe deus que valha." (Gabrial Garcia Marquez)









"Não existem estranhos, o que há são amigos que não nos foram apresentados." (Chaplin)


"A felicidade é como uma borboleta, se a perseguimos desesperadamente, ela foge de nós, mas se a esperamos no cumprimento do dever, ela vem pousar em nossos ombros." (Freud)


"Para que servem os calos, senão para aumentara felicidade dos pedestres." (Machado de Asssis)
















"Ser culto é a única forma de ser livre." (Não me lembro agora)




"O ódio é um ônus, a vida é muito curta para se viver zangado. Não vale a pena." (do filme A Outra História americana)








"Se pobre tivesse sorte, pobre não nasceria pobre, já nasceria rico." (eu, Professor Alves, frase proferida pela personagem Caco Antibis, num dos episódios do programa Sai de Baixo da Rede Globo)



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A GENIALIDADE DE CHAPLIN

A PERENIDADE TEXTUAL

A PERENIDADE TEXTUAL
(Por Professor Alves)

        

    É incrível como alguns textos conseguem ser eternos. Essa perenidade, entretanto, não é privilégio de todos os escritos. Apenas alguns conseguem ser perpétuos. Entre eles está O Último Discurso, de Charles Chaplin. Talvez quando o autor o compôs não tivesse o intuito de perpetuar as ideias nele presentes. Quiçá o fizera apenas para seguir as orientações americanas contra o Nazi-facismo. A atualidade de seu programa, bem como a existências de governantes inescrupulosos responsabilizaram-se pela eternidade do discurso.
            O texto é na verdade um apelo à união dos povos contra as tiranias e uma apologia das qualidades humanas. Isso está claro na afirmação “Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo.” Mais a frente Chaplin vai-nos lembrar que a tecnologia (à época, a aviação e o rádio; hoje, a televisão, a telefonia, a internet) é “um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós”, e na sequência arremata “lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais”.

 

            Não obstante o fato de essas ideias percorrerem o globo dia após dia, hoje, mais do que nunca, se propaga a cultura do indivíduo, do egoísmo. Hitleres há em toda parte, embora camuflados de democratas, pseudo-realidade do mundo moderno. Em função da cultura do eu. Querem um exemplo? No seu comentário esportivo de hoje (28/09/2007), Juca Kfouri iniciou dizendo:
            − 27 de setembro de 2007, dia de Marta. Numa referência ao bom futebol exibido pela atacante brasileira contra a seleção dos Estados Unidos. Não é de se estranhar que quando um repórter a entrevistou ela tenha proferido:
            − EU sou assim...
Claro! Se os comentários exibidos no dia anterior já a individualizaram, tornaram excelência perante as outras, enalteceram o indivíduo em detrimento do coletivo! É óbvio que ela também o faça. Esquecem-se de que o grupo poderia vencer sem ela, ela não o faria sem o conjunto. Pois são como formigas, que só realizam prodígios em conjunto. Sozinhas são ínfimas; unidas, porém são imbatíveis e eficientes. É assim que somos.

            É assim que políticos (meu objetivo é este sim), colocando-se como representantes do povo, desprezam amiúde o coletivo, agem peremptoriamente em proveito próprio, a ponto de um senador, quando da absolvição do outro, cujo nome me dá nojo até digitá-lo, disse a uma emissora de rádio que os senadores não podiam atender ao apelo popular e assim cassar o facínora porque o povo não sabe o que quer, "o povo não está por dentro do que acontece dentro do Congresso"

.
 
            E é assim que políticos de todas as cidades do país se preparam para uma guerra particular que desenvolverão em 2008 (hoje 2010) para atingir seus interesses particulares. É por isso que a prefeita de Fortaleza listou 21 projetos que executará em 2008 (o mesmo agora acontece em 2010), ano de eleição (por que não os realizou antes?). Isso está acontecendo também na sua cidade! Mas o pior de tudo é que os de sempre estão se preparando para a eleição e arregimentando o povo para defendê-los em praça pública. O Povo ingenuamente vai para as ruas brigar, discutir, morrer pelos seus candidatos, esquecendo-se de que eles sãos os mesmos que, na eleição passada, prometeram lutar por interesses coletivos, ofereceram melhor Educação, Saúde e Segurança e nada fizeram.



                        É por isso que nos sentimos no direito de parafrasear as palavras de Charles Chaplin: Eleitores não se entreguem a esses brutais... que os desprezam... que os escravizam... que arregimentam as suas vidas... que ditam os seus atos, as suas idéias e os seus sentimentos! Que os fazem votar no mesmo passo, que os submetem a uma alimentação regrada, que os expõem à violência, que negam a seus filhos o direito a uma Educação de verdade, que os tratam como um gado humano e que os utilizam como marionetes! Vocês não são irracionais! Humanos é que são! E com o amor da humanidade em suas almas, saberão finalmente encontrar o caminho, que não o do voto, mas o da união, da solidariedade, da cooperação.
(28/09/2007)

Esse texto, que foi escrito em 2007, como atesta a data, poderá ser publicado em 2020, se não nos cuidarmos, continuará atual. 

NA ESCURIDÃO MISERÁVEL

FERNANDO SABINO  “Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no Jardim Botânico. Senti que alguém me observava, enquanto punha o m...