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terça-feira, 18 de setembro de 2018

ABORTO: UMA PÉSSIMA IDEIA



(Apresentado em palestra no GEPE , Grupo Espírita Paulo e Estevão, Praia do Futuro)

Peço licença às senhoras
Pra falar neste salão,
Sobre um tema espinhoso
Que dá muita discussão,
Essa conversa é a respeito
De aborto e evolução

O aborto é um grande crime
Nunca uma divina ação
Pois vimos aqui pra carne,
Na dita reencarnação,
Não só para passear,
Mas pra nossa evolução.

Acreditamos em Deus,
Somos reencarnacionistas,
Somos espíritos antigos,
Orgulhosos e egoístas,
Precisamos reencarnar
Para sermos altruístas.

Dizem por aí que um feto
Não é ainda uma vida.
Mas que coisa equivocada,
Já que o começo da lida
Está já na concepção,
E sua sorte impelida!
  
Naquele ato o perispírito,
Com a carne já se aliou,
Um bonito ser vivente
Daquele elo se formou.
Decisão de evoluir,
Lá na pátria ele tomou.

“Mas se não tiver saúde
O que devemos fazer
Deixar aquele ser inútil
Vir ao mundo pra sofrer?”
Perguntam os abortistas
E eu vou lhes responder:

Tudo tem seu propósito
Coincidência existe não
Se um bebê nascer doente
Tem aí grande razão.
Entra em cena a grande lei
Lei da ação e reação.

Muito espírito se encontra
Em uma forma deletéria,
Precisa então aqui vir
Resolver uma coisa séria,
Vem aqui por pouco tempo
Dar um choque na matéria.

É grande oportunidade
Que não devemos perder.
Com aquele ser doentinho
A amar vamos aprender,
Pois cuidando delezinho
Nossa alma vai crescer.

“E em caso de violência,
Podemos então abortar,
Já que aquele ser nascente
Nunca vai nos agradar?”
Pergunta assim muita gente
E a resposta vou lhes dar:
  
Eis aí uma boa prova
Desse amor, que o Pai nos dá
Pois com aquela caridade,
Vamos assim realizar,
A vontade que é de Deus,
Que lá do alto ajudará.

Logo vamos esquecer
De pensar nessa ação,
Já que o nosso lema diz
Que não existe salvação
Sem caridade, e é dever nosso
À  vida dar proteção.

Vamos pois deixar nascer
Criancinhas de montão,
Para enfeitar o planeta
E ter sua evolução,
Para as contas acertar
E ganhar a salvação.

(Alves Andrade, Poeta e cordelista)

terça-feira, 10 de julho de 2018

CORDEL DA ASCENSÃO



(O poeta homenageia seu time de coração
Agradecendo pelo acesso à  3ª divisão)

BREVE HISTÓRIA

Já contei muitas histórias
De pessoa e de animal
Já falei de meus amores
De traição e coisa e tal
E hoje resolvi contar
A  história grandiosa
Do nosso time coral.

“Salve, salve EFE, A, CÊ”
O belo hino diz assim
Referindo-se as três letras
Do grandioso FERRIM
Fundado em trinta e três
Que possui estas três cores
O preto, o branco e o carmim.

Neste ano ele celebrou
Oitenta e cinco de idade
Carrega consigo as rugas
Da torcida irmandade,
Pra Seu Valdemar Caracas,
Zé Limeira inesquecível,
Preces com sinceridade.

Sua história é de luta,
De vitória e de tristeza,
De alegria e de tormento,
De acanho e de grandeza,
Mas nada no mundo tira,
Nunca em momento algum
Sua fulgurante beleza.

Fundado por funcionários
Da empresa ferroviária,
Ficou logo conhecido
Time da classe operária,
Logo logo ele já era,
Do futebol cearense,
Presença extraordinária.

Primeiramente ele esteve
Na segunda divisão
Dessa estrada o Ferrim
Foi logo campeão
Para então ele ascender
Com muito brilho e virtude
À primeira estação.

No ano de quarenta e cinco,
Foi então a primeira vez,
Que o Ferrim foi campeão.
Grande feito ele fez,
Desbancou tradicionais
Vovô, Stela e Maguary
Ficaram logo  freguês.

SÓ ACONTECE COM O FERRIM

Nove  títulos se seguiram,
Vinte vice campeonatos.
Uma história grandiosa
E muitos momentos latos.
Na sequência vou narrar
Que só ocorrem ao Ferrim
Muito interessantes fatos.

É sabido de todo mundo
Que coisa boa ou ruim
Acontece a todo mundo
A vida é mesmo assim,
Mas tem coisa, minha gente,
De chorar e de sorrir,
Que só acontece ao Ferrim.

No ano de sessenta e oito,
No almanaque eu aprendi,
O Ferrim foi vencedor,
Foi no rádio eu não ouvi,
Pela primeira vez gritar
O locutor triunfante
Disse “aí é Ferrim meu fi”.

Ele é o time das gafadas
Todo mundo quer seu fim
Árbitros, frios, desonestos
Querem o mal dele sim
Isso é coisa do diabo
Coisa pra se indignar
Pois só acontece ao Ferrim.

Time de grande torcida,
Mas que fica em casa sim,
Não comparece ao estádio.
Eita cabroeira ruim!
Isso não acontece com outro,
Isso é coisa muito feia
E só acontece ao Ferrim.

Em novecentos e oitenta,
Depois de vencer o vozim,
Era final de certame,
O jogo foi um a zerim,
Houve um terremoto
Aqui mesmo em Fortaleza!
E só acontece ao Ferrim.

No ano de dois mil e seis,
Chegou ele bem pertim
De ascender à série B,
Mas triste foi nosso fim.
Os times que a ele venceram
Foi tudo pra série A!
Só acontece com o Ferrim.

Foi lá em dois mil e treze,
Depois de grande festim
Pelo bom primeiro turno,
Era vitória sem fim,
Caímos então na tabela,
Quase fomos rebaixados!
Só acontece com o Ferrim.

E são muitas as histórias
Daria medo  em Caim
Mas não vamos contar tudo
O espaço aqui é curtim,
De uma coisa tenha certeza,
É coisa de se espantar
O que acontece ao Ferrim.

ASCENSÃO À SÉRIE C DO BRASILEIRO

Mas também há coisas boas,
Que dá alegria dizer,
Como o que este ano se deu,
Foi muito bom acontecer,
Que aqui falo com emoção
A ascensão à serie C.

Não fazia muito tempo,
Que nosso grande Ferrão,
Um time fora de série,
Fora do brasileirão,
Nem na A, B, C nem D,
Sem série nem divisão.

Mas o Deus do futebol,
Que é mui grande e universal,
Urdia grande momento
Para a torcida coral:
Uma grande atuação
No cenário nacional.

Começou então ganhando
Grande notoriedade,
Eliminando o Sport
Time grande de verdade.
Vila Nova e Confiança,
Bateu sem dó nem piedade.

E foi de igual para igual,
Jogou com galo mineiro,
Perdeu, isto é bem verdade,
Mas tava no seu terreiro.
Aqui, quase que ganhava,
Mas ganhou algum dinheiro.

Foi a copa do Brasil,
Democrática disputa,
Que permitiu ao Ferrão
Montar time para a luta,
Pra jogar a série D,
Série de muita labuta.

E foi, pois, assim jogando,
Ganha aqui ganha acolá,
Que ganhou de todo mundo,
Sem ninguém o derrotar,
Que chegou a Paraíba
E a ascensão conquistar.

Foi um jogo assaz nervoso
Pra cardíaco testar,
E o Ferrão foi para os pênaltis
Para a torcida assustar,
Não ficou dedo sem unha
Nem  cabelo pra arrancar.

Como tínhamos vencido,
Jogando aqui em Fortaleza,
Fomos pra Campina Grande,
Sítio de grande beleza,
Jogar contra o Campinense,
Time de grande destreza.

Foi na disputa de pênaltis,
Que houve a grande decisão.
Muitos corações parados,
Esperando a explosão
De alegria e contentamento
Esperando a ascensão.

Fo quando o goleador
Da grande competição,
Edson Carius chamado,
Pra grande confirmação,
Disparou a bola no ângulo
E transbordou de emoção.

Choro de muita alegria,
Sorriso e muito sarau.
Estamos na série C
Do futebol nacional
Vivas pro nosso Ferrão,
Salve a torcida coral!!!
(Alves Andrade, julho de 2018)

NA ESCURIDÃO MISERÁVEL

FERNANDO SABINO  “Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no Jardim Botânico. Senti que alguém me observava, enquanto punha o m...