(O poeta
homenageia seu time de coração
Agradecendo
pelo acesso à 3ª divisão)
BREVE HISTÓRIA
Já contei
muitas histórias
De pessoa e
de animal
Já falei de
meus amores
De traição e
coisa e tal
E hoje
resolvi contar
A história grandiosa
Do nosso
time coral.
“Salve,
salve EFE, A, CÊ”
O belo hino
diz assim
Referindo-se
as três letras
Do grandioso
FERRIM
Fundado em
trinta e três
Que possui estas
três cores
O preto, o
branco e o carmim.
Neste ano ele
celebrou
Oitenta e cinco
de idade
Carrega
consigo as rugas
Da torcida
irmandade,
Pra Seu
Valdemar Caracas,
Zé Limeira
inesquecível,
Preces com
sinceridade.
Sua história
é de luta,
De vitória e
de tristeza,
De alegria e
de tormento,
De acanho e
de grandeza,
Mas nada no mundo
tira,
Nunca em
momento algum
Sua fulgurante
beleza.
Fundado por
funcionários
Da empresa
ferroviária,
Ficou logo
conhecido
Time da
classe operária,
Logo logo
ele já era,
Do futebol cearense,
Presença
extraordinária.
Primeiramente
ele esteve
Na segunda
divisão
Dessa
estrada o Ferrim
Foi logo
campeão
Para então
ele ascender
Com muito brilho
e virtude
À primeira
estação.
No ano de
quarenta e cinco,
Foi então a
primeira vez,
Que o Ferrim
foi campeão.
Grande feito
ele fez,
Desbancou
tradicionais
Vovô, Stela
e Maguary
Ficaram logo
freguês.
SÓ ACONTECE COM O FERRIM
Nove títulos se seguiram,
Vinte vice
campeonatos.
Uma história
grandiosa
E muitos
momentos latos.
Na sequência
vou narrar
Que só
ocorrem ao Ferrim
Muito
interessantes fatos.
É sabido de
todo mundo
Que coisa
boa ou ruim
Acontece a
todo mundo
A vida é
mesmo assim,
Mas tem
coisa, minha gente,
De chorar e
de sorrir,
Que só
acontece ao Ferrim.
No ano de
sessenta e oito,
No almanaque
eu aprendi,
O Ferrim foi
vencedor,
Foi no rádio
eu não ouvi,
Pela primeira
vez gritar
O locutor
triunfante
Disse “aí é
Ferrim meu fi”.
Ele é o time
das gafadas
Todo mundo
quer seu fim
Árbitros,
frios, desonestos
Querem o mal
dele sim
Isso é coisa
do diabo
Coisa pra se
indignar
Pois só
acontece ao Ferrim.
Time de grande
torcida,
Mas que fica
em casa sim,
Não
comparece ao estádio.
Eita
cabroeira ruim!
Isso não acontece
com outro,
Isso é coisa
muito feia
E só acontece
ao Ferrim.
Em
novecentos e oitenta,
Depois de
vencer o vozim,
Era final de
certame,
O jogo foi
um a zerim,
Houve um
terremoto
Aqui mesmo
em Fortaleza!
E só
acontece ao Ferrim.
No ano de
dois mil e seis,
Chegou ele
bem pertim
De ascender
à série B,
Mas triste
foi nosso fim.
Os times que
a ele venceram
Foi tudo pra
série A!
Só acontece
com o Ferrim.
Foi lá em
dois mil e treze,
Depois de
grande festim
Pelo bom
primeiro turno,
Era vitória
sem fim,
Caímos então
na tabela,
Quase fomos
rebaixados!
Só acontece
com o Ferrim.
E são muitas
as histórias
Daria medo em Caim
Mas não
vamos contar tudo
O espaço
aqui é curtim,
De uma coisa
tenha certeza,
É coisa de se
espantar
O que
acontece ao Ferrim.
ASCENSÃO À SÉRIE C DO BRASILEIRO
Mas também
há coisas boas,
Que dá
alegria dizer,
Como o que
este ano se deu,
Foi muito
bom acontecer,
Que aqui falo
com emoção
A ascensão à
serie C.
Não fazia
muito tempo,
Que nosso
grande Ferrão,
Um time fora
de série,
Fora do
brasileirão,
Nem na A, B,
C nem D,
Sem série nem
divisão.
Mas o Deus
do futebol,
Que é mui grande
e universal,
Urdia grande
momento
Para a
torcida coral:
Uma grande
atuação
No cenário
nacional.
Começou então
ganhando
Grande notoriedade,
Eliminando o
Sport
Time grande de
verdade.
Vila Nova e
Confiança,
Bateu sem dó
nem piedade.
E foi de
igual para igual,
Jogou com
galo mineiro,
Perdeu, isto
é bem verdade,
Mas tava no
seu terreiro.
Aqui, quase que
ganhava,
Mas ganhou
algum dinheiro.
Foi a copa
do Brasil,
Democrática disputa,
Que permitiu
ao Ferrão
Montar time
para a luta,
Pra jogar a
série D,
Série de muita
labuta.
E foi, pois,
assim jogando,
Ganha aqui ganha
acolá,
Que ganhou
de todo mundo,
Sem ninguém
o derrotar,
Que chegou a
Paraíba
E a ascensão
conquistar.
Foi um jogo
assaz nervoso
Pra cardíaco
testar,
E o Ferrão foi
para os pênaltis
Para a torcida
assustar,
Não ficou dedo
sem unha
Nem cabelo pra arrancar.
Como tínhamos
vencido,
Jogando aqui
em Fortaleza,
Fomos pra
Campina Grande,
Sítio de
grande beleza,
Jogar contra
o Campinense,
Time de grande
destreza.
Foi na
disputa de pênaltis,
Que houve a grande
decisão.
Muitos corações
parados,
Esperando a
explosão
De alegria e
contentamento
Esperando a ascensão.
Fo quando o goleador
Da grande
competição,
Edson Carius
chamado,
Pra grande
confirmação,
Disparou a
bola no ângulo
E transbordou
de emoção.
Choro de
muita alegria,
Sorriso e
muito sarau.
Estamos na
série C
Do futebol
nacional
Vivas pro
nosso Ferrão,
Salve a
torcida coral!!!
(Alves
Andrade, julho de 2018)
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