domingo, 16 de janeiro de 2011

Filhos de políticos na Escola Publica

           Há alguns dias, recebi de meu amigo Roberval um e_mail muito simpático a respeito de um projeto de lei de autoria do nobilíssimo senador Cristóvão Buarque. Este projeto de lei auspicia a obrigatoriedade por parte dos políticos brasileiros de matricularem seus filhos na Escola Pública. Eis abaixo a resposta que lhe dei:             
         
            Boa tarde, amigo,
        Acho que não seria uma boa ideia. É corrente o pensamento de que um dia a escola pública funcionou neste país. Entretanto há aí um grande equívoco. A escola "pública" que um dia funcionou de fato não era pública, era privada bancada pelo poder público. Naquela escola estudaram, aqui no Ceará, Cid Carvalho, Lúcio Alcântara, Cid ferreira Gomes, A mãe do citado antes, Belchior(se não me engano), governadores, prefeitos, empresários...
         Creio em que se os políticos fossem obrigados a matricular seus filhos em escolas públicas (não sei como se faria isso), ou eles transformariam a escola pública, escola democrática, em uma escola "pública", restrita ou dariam um jeito de matricularem seus filhos na escola pública e arrajariam outro jeito de os manterem na PRIVADA. Cuidariam com certeza para que seus filhos não estivessem juntos da gentalha, criando até escolas próprias para seus filhos. Não podemos ajeitar o país e suas falhas instituições com medidas autoritárias. E essa não seria uma medida autoritária? Além do mais sabemos que o IFCE (onde vossa senhoria estudou), o Colégio Militar, O Colégio Pedro II são exemplos de Escolas públicas cuja qualidade é incontestável. E, se por uma questão de não sei o quê, essa lei fosse aprovada, seria lá que os filhos dos ditos cujos iriam parar. 
       Não vislumbro em nenhum momento o filho ou a filha do Sr. Fernando Hugo, deputado estadual que troca votos por feijoada e cerveja, adentrando os portões da EEFM Professor Paulo Ayrton Araújo. Ou será que estou enganado? 

sábado, 15 de janeiro de 2011

ANTROPOFAGIA


Nascemos para comer as outras pessoas,
Comermos enquanto somos devorados.
Tudo que fazemos, aprendemos
demos graças a quem comemos,
Cada um é aquele que come!
O nosso amor, o nosso ódio;
A nossa alegria, a nossa angústia;
Os nossos augustos e demônios
São o que comemos de outrem.

Antropofagia: é isso que realizamos na vida.
Somos como cobras que se pegam pela calda,
Devoramo-nos até a exaustão completa,
A morte de cada um é aquilo e aquele que se come.

Os discentes comem os docentes,
Estes devora-os conscientemente
E ambos são canibalizados pela sociedade.
A criança ao velho, este àquele;
Os filhos à mãe...

O resultado dessa fagia
É o conhecimento ou a ausência disto:
Nascemos para comer as outras pessoas.
...
(Professor Alves, o antropófago)

SINA


Um homem e uma mulher a que se destinam?
Para o entrelaçamento amoroso
Para o riso farto depois do gozo
Para a união que cheira à fresca resina.

Antes no varandim, as mãos unidas,
A lua fitando mesmo sem vê-la,
Ou no barzinho, ouvindo estrela,
Só este pensamento une duas vidas:

Na favela, caatinga ou mansão
Sem pejo, enigma nem mistério
Homem e mulher, lúbricos, se olham.

O amor, o sexo movem uma nação
Que digo, galáxias inteiras se amam!
E nisso não há nenhum despautério.
             (Professor Alves; 2005)

domingo, 9 de janeiro de 2011

ADEUS


I

Assim te vejo
De novo posso aos teus pés
Dizer-te o quanto te vejo
E por que te vejo.

Porque és assim
Encantadora como as coisas
Em que acredito
Porque és para mim um mito
Algo desprovido de tez
Como se só houvesse
Teu riso, carmim.

Porque és bela
Como a luz que
Me vem pela janela
Jogar luz na estrada intranquila
E trazer alento a uma alma abrasada
Torta e enviesada
De temores longínquos.

Porque és labirinto
Como um filme de Mia Farrow
Profunda como uma dissertação
Distante como a solidão
Estouvada ao dizer: ¨minto!¨
Ou ao explodir louca
Como um vulcão.

II

Parece que nunca te vi
E talvez eu nunca te tenha visto
Quiçá, me és um livro que li
Há muito em um passeio
E por motivo desconhecido
Parei da leitura no meio.

Há uns dias tive um sonho
E nele em dobro me vieste
Eras como as águas de um rio
Caudaloso que a galope
E desespero foge do estio
Em busca do vento leste.

E naquele espaço onírico
Doido e sem termo eu corria
E te afastavas lentamente
Rindo, exercendo a tirania
E eu tremendo em ânsias
Acenava, os dedos molemente.

Na parede do quarto
Havia uma tosca janela
Lívida a refletir sobre mim
Uma cinza aquarela
Em que se via em arco
Um rosto da alvura de marfim.

Era uma deusa que eivada
De graça e beleza surgia
De uma fonte encantada
Para com profunda alegria
Dizer-me com voz embargada
Te adoro, te adoro, te adoro.

Sobressaltado e persuadido
Surpreso e ainda aturdido
Supus haver entendido
Ser um ser amado e correspondido
Se não tivesse me iludido
Seria teu sem te ter perdido.

26/04/2002

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

LABIRINTO

Eu percorro o labirinto dos momentos
Mas para qualquer lugar que eu me volto
Começa um novo começo
Mas nunca se encontra um final.
Eu caminho para o horizonte
E lá eu encontro um outro começo.
Tudo parece tão surpreendente
E então eu descubro que sei.
Você vai até lá, 
Eu vou até lá, vou perder meu caminho.
Se nós permanecermos aqui, não estaremos juntos
Em qualquer lugar está...

O futuro tem muitos nomes.
Para os fracos é o inalcansável.
para os temerosos, o desconhecido.
Para os valentes é a oportunidade.

QUEM DORME NO CHÃO AO LADO DE COLCHÕES, ENTRARÁ NO CÉU DIRETAMENTE!



(Colaboração de Marley, amigo e poeta)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A MÍDIA E O ESPORTE

          "Vai começar a guerra!" Assim começava a chamada de uma rede de televisão para um campeonato de futebol.
          Deparei-me então, mais uma vez, com minhas reflexões a respeito de afirmações dessa natureza, pois, para muitos,  pode até parecer tolice, porém, para mim, trata-se de um incentivo ao sentimento, mesmo que inconsciente, da batalha entre inimigos, e não um incentivo a uma prática sadia e prazerosa como é o caso do futebol.
          Infelizmente a mídia vem transformando o esporte e consequentemente  os atletas, através dos tempos, devido ao fato de, cada vez mais, entrarem em campo os anúncios de marcas e produtos, o poder da exclusividade sobre transmissões e o mundo da fama e dinheiro, para quem chegar primeiro, juntamente com todo o poder dos que conduzem o "marketing" do esporte.
          Os atletas fazem o que for preciso para chegar ao topo e virar "fenômenos". Os garotos-propaganda de tênis, roupas, celulares e até cervejas, vejam só, levam as pessoas ao confuso mundo dos bens de consumo e a uma ilusão  da vida cheia de "glamour" de um astro do esporte.          
          As pessoas assistem passivas nas arquibancadas ou em seus sofás a este incrível espetáculo, enquanto bebem a cerveja ou o refrigerante que seu ídolo "toma", sem perceberem que a vida saudável que um atleta deve ter não lhes permite tais hábitos.
           E assim a mídia vai conduzindo os rumos do nosso esporte, põe homens e mulheres nas arenas televisivas, e que vença o melhor, o mais forte, seja lá a que custo, de preferência a baixos custos e com margem de lucros certa.
          Nossos dois heróis, "o amor pela camisa e o jogar com o coração", vão tentando sobreviver a todos esses holofotes que cegam e mostram somente o caminho do tapete vermelho, talvez por isso tanto gosto por ele, já que os gladiadores, heróis do passado, sobreviviam  pisando no tapete vermelho do sangue de seus rivais.
          Enquanto isso, durante os comerciais, os pais sonham com seus filhos virando "fenômenos", e os filhos sonham o mesmo sonho. Espera-se que entre um sonho e outro, o sonho de um homem melhor possa fazer um mundo melhor.
             (Professor Joni, professor de Educação Física da EEFM Prof. Paulo Ayrton Araújo e do Colégio 7 de setembro)
                

MADRE TEREZA DE CALCUTÁ



O dia mais belo? Hoje. 


A coisa mais fácil? Errar. 


O maior obstáculo? O medo. 


O maior erro? O abandono. 


A raiz de todos os males? O egoísmo. 


A distração mais bela? O trabalho. 


A pior derrota? O desânimo. 


Os melhores professores? As crianças. 


A primeira necessidade? Comunicar-se. 


O que mais lhe faz feliz? Ser útil aos demais. 


O maior mistério? A morte. 


O pior defeito? O mau humor. 


A pessoa mais perigosa? A mentirosa. 


O sentimento mais ruim? O rancor. 


O presente mais belo? O perdão. 


O mais imprescindível? O lar. 


A rota mais rápida? O caminho certo. 


A sensação mais agradável? A paz interior. 


A proteção efetiva? O sorriso. 


O melhor remédio? O otimismo. 


A maior satisfação? O dever cumprido. 


A força mais potente do mundo? A fé. 


As pessoas mais necessárias? Os pais. 


A mais bela de todas as coisas? O amor. 
  

  

NA ESCURIDÃO MISERÁVEL

FERNANDO SABINO  “Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no Jardim Botânico. Senti que alguém me observava, enquanto punha o m...