Amanhã, oito de março, é
comemorado o dia internacional da LUTA da mulher. Sempre friso a palavra luta
por achá-la extremamente útil a esse contexto. Há um monte de dondoquinhas por
aí gemendo que querem ganhar chocolate, flores, presentinhos. Esquecendo que
mulheres viraram churrasco, foram violentamente queimadas por lutarem por seus
direitos. Se as mulheres hoje podem escolher uma profissão, se podem escolher
seus governantes e até escolher seus maridos é porque muitas lutaram por isso.
E a luta continua. Numa sociedade machista, em que a mulher, iludida pela
mídia, agrava dia após dia a sua condição de objeto sexual, é preciso que se
tome consciência da libertação feminina. Mas que essa libertação não se dê
apenas no campo da sexualidade, mas seja plena. Plena de amor ao próximo, de
respeito por si mesma, de amor pelos filhos, por quem são tão responsáveis.
Gostaria
do fundo do meu coração desejar a todas as mulheres, sobretudos as adolescentes
daqui e do mundo inteiro, que suas vidas sejam sem nenhum sofrimento, que sejam
como as águas mansas de um lago manso, sem perturbações sem agruras, nem
escarpas, nem espinhos. Mas que se um dia encontrarem-se diante de situações
embaraçadoras, constrangedoras, advindas das contingências do dia a dia ou geradas
por pessoas mal intencionada, que saibam erguer
o coração para o céu, pois erguer
as mãos é fácil, para, primeiro de tudo, agradecer a Deus por isso, porque
agradecer só pelos bons momentos, pelas bonanças não tem graça nenhuma; depois para perdoar a essas pessoas do fundo da
alma, desejar-lhe toda felicidade do mundo, pois perdoar bobagens e desejar boa
sorte só aos nossos amigos também não
tem graça mesmo, pois foi essa o grande ensinamento que o mestre nos deixou. E
só então buscar na LUTA a felicidade, temporária, uma vez que é nessa
felicidade temporária que encontramos forças para as novas batalhas que se nos
avizinham.
Gostaria
ainda de lembrar que LUTA aqui não traz a ideia do conflito interpessoal, mas o
conflito que travamos dentro de nós, para vencer os medos, as angústias, a
falta de vontade que nos assola sempre que queremos ser pessoas melhores, sem
maldade, sem ódio. Desejo então que nessa LUTA as mulheres possam se libertar
de tudo, do machismo, da mídia que deturpa suas almas, dos medos, de seus próprios
egoísmos.
(Professor Alves, 07/03/2013)