sexta-feira, 15 de abril de 2011

UM AMIGO ESPECIAL

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Algumas vezes na vida
Você acha um amigo especial
Alguém que muda a sua vida
Apenas por fazer parte dela
Alguém que faça você rir
Até não poder mais
Alguém que faça você acreditar
Que realmente existe o bem no mundo
Alguém que te convença de que realmente existe uma porta destrancada
Apenas esperando que a abramos
Esta é uma Amizade Eterna
Quando você está para baixo
E o mundo parece escuro e vazio
Seu Amigo Eterno levanta o seu astral
E faz daquele mundo escuro e vazio
Parecer de repente cheio e brilhante
Seu Amigo Eterno enfrenta
Os tempos duros, tristes
Se você resolve retornar
Seu Amigo Eterno te segue
Se você perder o seu caminho
Seu Amigo Eterno te guia
E te alegra.
Seu Amigo Eterno segura a sua mão
E diz que
Tudo vai ficar bem
Se você achar este tipo de amigo
Você se sente feliz e completo
Porque você não precisa se preocupar
Você tem um Amigo Eterno na Vida
E o Eterno não tem FIM!


Scrap enviado pela amiga Rosimeire Maciel

terça-feira, 12 de abril de 2011

A PRINCÍPIO OU A FELICIDADE REALISTA


         De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
      Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser macérrimos, sarados, irresistíveis.
       Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num “spa” cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
       É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par e não como pares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo a expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

       Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
        Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

MARTHA MEDEIROS, enviado pela amiga Mírian Semeraro

VELHA HISTÓRIA

        Li este texto uma vez, faz muito tempo. E por ele me apaixonei. Já era apaixonado por Mário Quintana. Depois passei a utilizá-lo em minhas aulas. Sempre contando a história, nunca a lendo. Meus alunos e alunas também se apaixonam por ela quando a ouvem. Certa vez uma aluna me confidenciou que encontrara a versão original, mas que gostara mais da minha versão, que não altera o texto original, muda apenas algumas palavras e/ou frases. Um aluno me encontrou certa vez no "shopping" e me pediu para eu colocar esse texto em meu blog. Para atendê-lo, teclei-o abaixo, do modo como sempre o profiro em sala. Que Mário me perdoe a pretensão

Mário Quintana, Poeta de Alegrete

        Era uma vez um homem que estava pescando, até que pescou um peixinho. Mas o peixinho era tão pequenininho, tinha um azulado tão indescritível nas escamas e um ar de inocência deveras aparente, que o homem morreu de pena. Tirou o anzol da garganta do coitadinho, untou-a com iodo e o colocou no bolso traseiro da calça para que o animalzinho sarasse no quente. 
         Desde então os dois tornaram-se amigos inseparáveis. Aonde o homem ia o peixinho ia atrás, a trote, igual a um cãozinho. Pelas praças, avenidas, elevadores. Era tocante vê-los, por exemplo, em um café.  O homem, vestido de preto, com uma das mãos segurava a xícara de fumegante moca, com  a outra lia o jornal, com  a outra fumava e com a outra cuidava do amiguinho, que, ao seu lado, tomava laranjada, por um canudinho feito especialmente para ele.
       Ora, deu-se que um dia os dois passeavam às margens do rio onde peixinho houvera sido pescado. De repente, o homem, adquirindo um ar mais grave do que de costume, disse para o peixinho:
         - Não, meu amiguinho, não me assiste mais o direito de tê-lo por mais tempo comigo. Tirá-lo do convívio de seu pai, de sua mãe, de seus irmãozinhos e irmãzinhas, de sua tia solteirona. Não e não! Desde já, volte para o seio de sua família e me deixe cá no mundo só e triste.
         Dizendo isso, o homem verteu copioso pranto, virou o rosto de banda e atirou o peixinho na água, e a água fez-se num terrível redemoinho, que foi serenando, serenando até que o peixinho morreu afogado. 

(Mário Quintana)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

QUEM É WELLINGTON MENEZES DE OLIVEIRA

       Acho que essa é a pergunta que o país inteiro se faz desde quinta-feira, às oito e trinta da manhã. Aos poucos sua máscara vai caindo, e por trás vislumbramos um monstro, como muitos já pensariam. Principalmente devido à frieza com que praticou sua chacina. Digo “sua” porque, infelizmente, virão outras, caso não se tomem uma série de medidas Brasil afora, e as autoridades sabem muito bem quais são. Trata-se de um indivíduo atormentado pelas dúvidas diante das quais o mundo o pôs. Apesar do grande sofrimento que se abateu sobre o país, não vejo nos rostos nenhum esgar de mágoa contra Wellington. O que vemos é a população séria, compungida, com lágrimas nos olhos, inclusive da presidenta (a quem começo a admirar pela ausência do populismo). São pessoas que se solidarizam e mentalmente enviam abraços, pêsames às famílias de fato enlutadas. Como se tivessem certeza da miséria humana cada vez mais em evidência. Miséria causada pela ausência dos valores essenciais. Mas quem é Wellington Menezes de Oliveira? Acho que a pergunta deveria ser outra: Quem são e quem serão os wellingtons da vida?

      Na minha infância conheci um garoto cuja atitude recatada em excesso nos chamava a atenção. Todas as tarde, quando estávamos no campinho, ele aparecia por lá. Pouco conversava. Geralmente por monossílabos. Não jogava conosco, limitava-se a rabiscar o chão com um graveto ou ficar encostado num poste batendo o calcanhar. Diferente dos irmãos, alegres bem dispostos. Não tinha nenhum retardamento mental. Num dia desses, comuns, simplesmente se matou. Na ausência dos familiares, trespassou uma corda pelo caibro e se enforcou.
        Morava perto de nossa casa um homem que criava uma macaca, dessas tipo macaco prego. Com ela fazia apresentações, e com ela ganhava a vida. Chamavam-no “véi da macaca” ou “gigolô da macaca”. Ele não gostava, por isso evitava estar onde havia pessoas. Preferia a companhia do animal. Certa vez um grupo de crianças resolveram achincalhá-lo. Era domingo de missa, Domingo de Ramos. Ele chegou ao limite, pegou uma tranca e investiu contra os garotos, atingindo um deles com certa violência. Por pouco não o matou, o menino passou dias em coma. O velho foi preso. Quando solto, foi embora, e nunca mais ouvimos falar dele.
        Na escola em que trabalho, há uma garotinha que não fala com ninguém, não tem amizades, e não responde quando instigada a participar da aula. Comunicado o fato ao NAPE (Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado), o pessoal diz que não tem nada a ver com o caso. Como ela, pela escola há uma legião de pessoas tristes, desolados, infelizes, que, por motivo desconhecido, se sentem como se não fizessem parte da sociedade, como se não fossem pessoas iguais às outras. Ainda na mesma escola há um garoto que pouco fala e, nos intervalos, se esconde em algum lugar com a bíblia nas mãos, que lê interminavelmente. Ano passado foi reprovado por falta.
http://sol.sapo.pt/photos/bbc/images/871530/original

      Com certeza, nossos leitores têm uma centena de casos semelhantes para contar. Gostaria de conhecê-los para futuras postagens. Todas essas histórias não são de fato levadas em conta pela população, nem pelas autoridades. Eles e elas são os wellingtons da vida, são aqueles que um dia tentarão se vigar da sociedade que os excluiu por falta de motivos. Seu filho assim como o meu sempre chega em casa relatando um caso de discriminação dentro da escola: é um “gordinho”, uma menina fora de faixa, outro que usa óculos fundo-se-garrafa, uma magricela, um “doidim” e por aí vai. Digamos sempre “filho isso não se faz, o que não queremos para nós também não devemos querer para os outros”. Se a sociedade não se mobilizar para acabar de vez com essa praga da arenga (bulling) e com o desprezo para com outras pessoas diferentes, que fogem ao paradigma, teremos muitos wellingtons por aí, atirando, para se vingar de um passado de tristeza e humilhação. Já ouvi alguém dizer “é culpa da televisão, é importação do que acontece nos Estados Unidos”. A culpa é nossa que fomentamos uma sociedade preconceituosa e que valoriza o ter em detrimento do ser. Quanto ao fato de copiarmos, é bom lembrar que somos mímese, somos cópia e não essência. Por isso temos o hábito da cópia. Mas é bom lembrar que copiamos o que está diante de nós. Coisas boas e coisas ruins. É preciso que vejamos as coisas boas, os bons exemplos, caso contrário só copiaremos o monstro e não o belo.  

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Jornal do Brasil - Tragédia em Escola - Tiroteio em escola de realengo deixa um morto e dez feridos

Jornal do Brasil - Tragédia em Escola - Tiroteio em escola de realengo deixa um morto e dez feridos

RACISMO, HOMOFOBIA E MUITA FRESCURA

beleza, virtudes não têm cor


Nunca entendi bem essa ideia de racismo e/ou homofobia que se tem instituído de uns anos para cá. Qualquer coisa é "Ah, fui agredido porque sou negro, ou porque sou gay". Não sou jurista, advogado ou coisa que o valha, portanto não estou aqui embasado na lei 7716/89 que versa a respeito do crime de racismo. Muito menos preocupado com as discussões juristas sobre o caso, que são tantas que não levam a nada. Se discussões juristas resolvessem algo, o Brasil já seria um país desenvolvido, pois todos os corruptos estariam presos, todos aqueles que burlam a democracia já estariam encarcerados e o cidadão feliz por ter seus direitos cumpridos.
No dia 13 de abril de 2005 o jogador GRAFITE, QUE TINHA COLEGAS BRANCOS NO SEU TIME TIME E QUE O AMAVAM, foi chamado de “negro de merda” por um ADVERSÁRIO ENRAIVECIDO, QUE, possivelmente, TINHA COLEGAS NEGROS AMADOS POR ELE. Há mais ou menos 12 anos, eu ministrava aula de Literatura Brasileira numa sala de aula de cursinho, que tinha aproximadamente 150 alunos, quando dei por falta de um aluno, um dos melhores, sempre participativo, e perguntei por ele. Como não sabia o nome do rapaz, diante da insistência “qual , professor?”, respondi “um negro que senta-se próximo à janela.” um Aluno argumentou “ah professor, isso é racismo”. Não dei atenção ao comentário, pois sabia que não era essa a intenção. No caso Grafite Criou-se muita polêmica em torno. Edilson, também negro mas menos abestado, para usar um termo nosso, disse: "Isso é coisa de bamby". É mais ou menos por aí. Ninguém pode olhar de cara feia para outro que ele/ela corre: "Ah, vou processar". Isso já é sacanagem. A imprensa faz o que quer, se arvora o direito de perguntar as besteiras que bem entende e quando ouve uma resposta do tipo da resposta dada por Jair Bolsonaro, quer crucificar o cara. Pô, brincadeira. Racismo ocorre no Brasil mas se manifesta de outra forma, em subemprego, miséria, falta de Educação, saúde. Homofobia se manifesta quando se destrata moralmente e fisicamente. Isso deve ser combatido. Além do mais, em documento elaborado pelo Ministério do Trabalho racismo é definido como “a ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos, que no caso em tela pode ser traduzida na pretensão da existência de uma certa hierarquia entre negros e brancos. Segundo Ferreira [2], o racismo é a doutrina que sustenta a superioridade de certas raças, podendo representar ainda o preconceito ou discriminação em relação à indivíduos considerados de outras raças.” (http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1991/Discriminacao-social-racial-e-de-genero-no-Brasil ) A meu ver pouquíssimos caso no Brasil se enquadram nessa categoria. O caso mais grave de racismo no Brasil com certeza é perpetrado pelo poder público que não não cria escolas de qualidade para a população mais pobre, que é (coincidência?) de pele mais escura.
Isso é deturpação de valores

Não podemos fomentar o crescimento do país com questões mínimas. Precisamos sim fazer com quem as pessoas se amem, respeitem-se, mas não se pode querer isso enquanto valores como o Amor, a Dignidade, a Solidariedade, a Compaixão são jogados no lixo pela Rede Globo e por propagandistas de cervejarias, cujos dogmas são agora “um por todos e todos por uma”, ou pela GVT, que coloca bem claro, que só é gente quem usa seus serviços. Ficam então um monte de besta falando em racismo, homofobia só porque é moda. Deixemos, pois de frescura!