quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

AUSÊNCIA


De repente na luz parca do horizonte
A luz de ouro do poente surge
É o arrebol que vem enfeitar o fim do dia.

Mas não há lua, não há beleza

O que há?

Não, não há.
Não há beleza. Mas não se assuste
Não é também o fim do mundo.

Este não virá.

O que acaba é o homem
O homem e sua mesquinhez
Porque só ele se imagina insubstituível.

E eu fico triste
Porque você fica triste
Seu semblante não me assusta
Nem me alegra.

Nós refletimos
Porque você é linda
E eu queria que o mundo também o fosse
Para que juntos
Pudéssemos navegá-lo.

(Professor Alves)10.04.02

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